Wednesday, June 25, 2014

APRENDEMOS?

Este é um assunto antigo que, como a maioria deles quando são bons, não perde actualidade.
Gostamos todos de dizer que aprendemos com os nossos erros e, nesta idade de reprodução acéfala de mensagens, é cada vez mais comum dizer que o que temos de fazer é aprender e que as derrotas e coisas más (leia-se, não menos boas como agora está na moda).

Balelas.
Não sabemos nada.
Não aprendemos nada.

Numa das minhas incursões por informação que não me dá nada de particularmente relevante e que por isso tanto gosto, descobri que quando estamos nervosos ficamos com as mãos frias porque o sangue vai para as pernas para nos prepararmos para correr. Repare-se que nada de consciente há nisto.
A questão das pupilas se dilatarem por motivos que não controlamos será outro exemplo de que apesar de muito o querermos há coisas que não conseguimos evitar.

Eu, por exemplo, tenho uma imensa dificuldade em controlar impulsos. É verdade que melhorei mas estou tão longe como sempre estive de parar e pensar se calhar, agora é melhor não...
Isto aplica-se a quase tudo.
Há gente que culpa a parvoíce e outros que culpam os signos astrais, por exemplo (aprendi a usar o meu signo quando a coisa envolve mulheres. Serve de desculpa para muita coisa porque é sabido - por quem sabe e acredita - que o meu signo é muito pouco hospitaleiro e dado a cedências).

Eu só me sinto parvo.
Há ocasiões em que a frase ainda não saiu toda da minha boca e eu já sei que fiz ou vou fazer merda e ainda assim as mais das vezes a coisa continua.
Depois, de vez em quando, recrimino-me e outras vezes assumo, com muito pesar, que pouco posso fazer para ser outro que não eu...e isso irrita-me, como irrita todos os control freaks que por aí andam.

Neste momento, por exemplo, estou em vias de partir uma miúda mas a coisa está a andar muito devagar.
Gajo inteligente e que aprende teria paciência e faria tudo para confortar dúvidas e reticências completamente femininas. Mas eu não sou um gajo inteligente e nem aprendo.
Não me parece que vá acontecer mas como já estou irritado com o vai não vai não farei nada para isso. Quem quer quer, quem não quer quisesse...e assim o meu CV feminino é muito mais pobre do que poderia ser.

Wednesday, June 18, 2014

Por Ordem de Preferência e Não de Importância

PORTUGAL E O MUNDIAL

Antes do jogo contra a Alemanha estava a dizer ao pessoal que contava apanhar 3 ou 4. Não era uma coisa pessimista e muito menos desejada mas era o que achava.
Acertei no resultado mas falhei na previsão. Se imaginasse que Portugal fosse jogar como jogou tinha apostado em 6 ou 7; 6 ou 7 que não aconteceram porque os alemães tiraram o pé e deixaram as coisas andar para felicidade nacional.

O Pepe é um otário! Não sou dos que vai dizer que ele é brasileiro porque o entendo como português, talvez o único dos naturalizados em relação ao qual tenho este sentimento. Por isso: Pepe é um otário Português!
O Paulo Bento é pior porque tem idade para ter juízo. Quaresma cria mau ambiente...o Pepe é um menino de coro. Menino de coro, aliás, como o Menino de Ouro que mandou um soco a um árbitro e depois tornou-se director da FPF. É a Puta da Loucura. O exemplo devia vir de cima mas eles são portugueses, não é?
O Meireles já passou; o João Pereira nunca chegou; o Miguel Veloso ficou, sempre, a meio caminho; os avançados não o são (ouvi um idiota de um comentador dizer que o único problema do Éder é a finalização...coisa de somenos para um avançado...); o Nani é o CR na sua própria cabeça, por isso vai ser dispensado e este ano nem jogou.
O CR deve chorar sempre que se lembra que nasceu cá.

Em suma: Portugal com CR em forma é uma boa equipa. Portugal sem CR em forma é medíocre. Uma mediocridade só quebrada por Moutinho (quando em forma), Nani (quando em forma) e, talvez, William Carvalho (quando jogar).

BES

O BES Angola perdeu 5.700 milhões de Euros. Reparem: nem itálico em "perdeu" coloquei porque literalmente os perdeu! Não sabe onde estão, para quem foram nem para onde foram!
A Holding referência da Família Espírito Santo também levou um rombo e, tanto quanto se conseguiu perceber, também cometeu pelo menos um crime quando não declarou empréstimos. Culpa? Contabilista.

Isto é tão estúpido que me fico por aqui.

MAIS PORTUGALIDADE

Quando tenho de me descrever, nomeadamente em termos profissionais, tendo a evitar falar da minha competência. Não por modéstia, que é um mal de que não padeço, mas porque se as outras pessoas foram como eu só acreditarão se eu disser que sou incompetente; de resto, da mesma maneira que ninguém se assume como burro mas todos os conhecemos, quem declara a sua incompetência?
Pediram-me, recentemente, que me avaliasse e quanto à minha competência remeti para o trabalho, em suporte físico, que desenvolvi e para o resultado do mesmo. Decidam o que acham por vocês.

Já no parâmetro trabalho a coisa é diferente.
Deve haver gente que trabalha mais que eu mas, de cabeça, não me lembro de nenhuma. Estou a falar de volume! Ou seja: admito sempre que haja quem trabalhe melhor, seja mais esperto e competente, coisas que me são difíceis avaliar sem dados precisos mas já não admito que haja muitos a trabalhar mais.

Não preciso que me segurem a mão nem que me dêem palmadinhas, só não admito que me fodam a cabeça injustamente.
Não me dizem que tem de ser agora se eu não puder; não admito que me pressionem com insistência porque não mereço e sei que não mereço.
Deixem-me em paz que as coisas aparecem sempre feitas e sempre, também, mais cedo que mais tarde.

Onde entra a Portugalidade?
Bem... em tese - e em tese porque sou péssimo com politiquices e coscuvilhices, pelo que desconheço o que não me diz directamente respeito - terei sido promovido ao mudar de área. Pelos vistos, foi uma subida - novamente, se é que o foi - rápida ou muito rápida.
Pensarão, vocês, meus amigos, que terá acontecido porque parto pedra 12 hs por dia sem a isso me obrigarem? Porque faço sem me pedirem porque entendo como minha obrigação? Porque os meus resultados são consistentemente mais altos?
Nada!!
Pensarão, vocês, meus amigos, que é compreensível que me recuse a fazer certas coisas com a ordem que me pedem e evitar outras parvoíces porque as não compreendo e, ainda assim, terem-me, eventualmente, preferido?
Não!!

Provavelmente é injusto! E sem qualquer fundamento para a injustiça - porque não sou e é sabido que não sou lambe botas - qual o motivo de ser injusto?
Estou cá há mais tempo... coisa que não entendem dizer menos deles do que de mim.

LIÇÕES ANTIGAS

Por muito motivos que não perderei tempo a elencar, habituei-me a confrontos e competição desde que me lembro. Na verdade, a crer pelos registos fotográficos, ainda antes de me lembrar.
Estes confrontos e competições foram tanto mentais como físicos. Tudo era competição. Tudo é competição. Darwinismo, Olé!

Há pouco tempo, por motivos que também não me apetece explicar, fui abalroado, no meio da Rua por 2 gajos que queriam falar comigo e que à primeira não conheci. O assunto que eles queriam tratar passou por mim mas não era comigo... mas eles estavam, e com razão, irritados e, também com razão, desagradados quanto à forma como a coisa foi conduzida.

Bem,
Eram 2 e mais 1 no carro.
Pose ameaçadora e com aquela coisa velada mas nem tanto de não sei como isto se vai resolver...mas vai-se resolver...
Para que não pensem que sou maluco: aquilo não me agradou nem pensei coitados de vocês os 3, vou partir-vos os cornos! Não. Eu percebi que o fodido, ali, era eu e dificilmente teria como escapar...

Onde entram as lições e o meu histórico confrontacional e competitivo?
Ora bem. Havia duas coisas que eu não queria fazer: Fugir (porque não podia) e Lutar (porque não devia) e, nestes casos, temos uma linha muito ténue por onde caminhar e que um movimento mais tal acaba com tudo.
1) Submeter: neste caso, concordaria com tudo e aceitaria qualquer coisa para me ver livre deles. Parece boa ideia. Naquele momento, perante aqueles gajos, é possível que tivesse optado por esta solução se ela o fosse.
Não é porque, como a natureza nos ensina e nós somos parte dela, o animal atacado é o animal mais fraco. Submeter engrandece o sentido de superioridade e é um passo na direcção de abusarem de nós e, neste caso, apanharmos na tromba;
2) Desafiar: neste caso, era partir para cima o que, se fosse possível, também teria feito. O problema é que eram 2 + 1 e ia ser muito difícil não me desancarem. Então, não podia meter uma abaixo e partir para o escalar de agressividade porque, o mais certo, seria apanhar na tromba.

Então: não baixar; não submeter; não minguar; não despachar e parecer que queremos sair dali; não aumentar a agressividade; não crescer; não confrontar.

É uma linha difícil mas se estiver concentrado e pouco irritado, eu consigo.
O problema, contudo, é que na minha cabeça, enquanto fazia isto que vos descrevi, estava uma voz assim: se um desses filhos da puta se armar em esperto, tomba o primeiro e logo se vê e o mais provável era que o que se ia ver era eu a apanhar... mas tudo bem, desde que tombasse o primeiro!