Thursday, May 14, 2009

Preciso de alguma coisa e quando preciso de alguma coisa, o perigo espreita.
Tenho o hábito de não contar com ninguém, o que implica que seja eu mesmo a suprir as necessidades que apareçam. Umas vezes com a realidade, outras com a fantasia, umas vezes com a verdade, outras vezes com a mentira.

O perigo, quando preciso de alguma coisa que não me posso oferecer é que tendo a confundir tudo e mais alguma coisa.
Foi em momentos parecidos com estes que achei, umas vezes, que estava apaixonado e, outras, que alguém estava apaixonado por mim.
Por norma, não tenho necessidade/vontade de depender animicamente de ninguém, então tudo é muito simples e, porque assim, é, raramente acho que alguém quererá alguma coisa de mim.

Agora, temo o que me desagrada em, basicamente, toda a população terrestre: Procurar.
Sempre achei (e este estado de incompletude não altera isso) que há coisas que, pura e simplesmente, não se procuram, aparecem quando e se tiverem de aparecer.

Procurar implica necessidade, necessidade implica subjectividade, subjectividade implica distorção da realidade, distorção da realidade implica erro.
Simplificando ou tentando fazê-lo:

"Uma mulher coloca-te a mão no ombro"
Como, apesar dos pesares, não sou tão pretensioso como pareço, acho que isso acontece porque a mulher em questão quer passar ou precisa de se apoiar por um qualquer motivo.
Em momentos como este, acho que quer mais alguma coisa, estará, dissimuladamente, a chamar-me a atenção e a dizer que existe.

Em momentos como este mas menos tensos, acharia que me quer comer, por exemplo.
Em momentos como este, actual, acho que me vê como a melhor coisa que lhe pode acontecer.

O enorme perigo, então?
Bem, uma vez, quase em vidas passadas, apaixonei-me porque ela estava apaixonada por mim.
Foi uma merda que não fez bem a ninguém.

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