Wednesday, March 12, 2008

Esta semana deparei-me com uma exigência que não faz qualquer sentido.

Sou usado para determinados cenários.
Acho mais que natural, acredito que as características devem ser usadas nas alturas e situações certas, faz todo o sentido.

A mim, normalmente, chamam-me quando a possibilidade de diálogo se esfuma.
É sabido que não gosto particularmente de perder tempo demais com as coisas, sejam elas telefonemas que me parecem desnecessários, amabilidade que não me parece passível de dar frutos, insistências que me parecem mais pedidos do que outra coisa quando não tenho nada a pedir... enfim, não sou diplomata e não acredito em soluções amigáveis a todo o custo.

Então, quando os diplomatas não conseguem o resultado desejado [diga-se que o conseguem muitas vezes. É verdade que é, a maioria das vezes, mais simples... mas o meu orgulho impede-me de dizer bom dia quando não desejo que a pessoa tenha um bom dia], as coisas passam-me para as mãos.

Falo pouco, cedo menos e ataco muito rapidamente.

Bem, um destes dias ligou-me uma gaja que me anda a dar nos nervos há meses.
Arranjou várias confusões, é parva, arrogante [sem que se perceba porquê] e, como se não bastasse é feia de doer [parece saída da plateia de um programa dos anos 80].
Despachei-a com uma velocidade e violência que, ainda agora, a cabeça dela deve estar às voltas.

Burra como é, voltou a ligar para falar com o meu superior e fazer queixa de mim.
Fui confrontado com o telefonema e confirmei tudo.
Que a despachei, que não respondi ao que ela queria porque não me apeteceu e que se voltar a ligar faço o mesmo.

O diplomata compreendeu mas lá me tentou convencer que deveria, no caso, ser mais amável e devolver a chamada com a informação que ela queria.
Naturalmente, não o fiz.
Ofereceu-se para fazer ele esse serviço, ao que respondi, literalmente "Vais fazer isso com a melhor das intenções, eu sei, não tenho dúvidas. Sabes o que essa puta vai ouvir? - Ainda bem que fiz queixa, assim resulta!!!".

Ele, porque não pensa como ela, não concordou.
Respondi: "Ok. Liga-lhe e desautoriza-me, por mim tudo bem. Agora, EU não a atendo mais."

Concordamos em discordar e ficou assim.
Dali a eu partir pro "quero que se foda" ia ser um salto muito pequeno.

Moral da história, não vale a pena tentar fazer de um pitbull um cão de companhia.

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