Wednesday, October 14, 2009

Morpheu

Quando estou bem, o que, felizmente, vai acontecendo mais frequentemente do que o contrário, não gosto de dormir. Por norma, opto por dormir o mínimo possível, o suficiente para me manter acordado e razoavelmente são até ao próximo momento de fechar os olhos. Sou assim desde sempre.

Poderia chamar para aqui o célebre "dormirei quando morrer" mas não é o caso. Primeiro, porque esse tipo de dramatização não faz o meu género e, segundo, porque seria, além de previsível, parte de uma música dos Bon Jovi o que é absoluta e completamente inaceitável.

Bem, acabei por descobrir, aparentemente e sem certezas, o motivo pelo qual gosto de dormir pouco exactamente no momento em que percebi as alturas em que passo muito tempo a dormir (excluindo doenças e ressacas). Infelizmente, a explicação encontrada já tem o seu quê de dramático...afinal, até mesmo um palhaço (ou especialmente um palhaço) tem momentos menos alegres.
Sempre que me desiludo não me apetece acordar... é doloroso demais lembrar-me de certas asneiras. Infelizmente, como bom narcisista e carneiro, não é particularmente importante se os outros foram ofendidos ou não, é muito mas muito mais relevante se quando o fiz eles mereciam.
É nos momentos em que atraiçoo o que julgo dever ser feito que mais debilitado fico.

Isto pode muito bem ser um caso generalizado e apenas me dou à pretensão de não o ser porque quase nada me deprime. Não me vou abaixo com negas, não me importo o que acham de mim, é-me indiferente a maré alta ou a maré baixa, recupero (no sentido de funcionar, não no de ficar bem) muito rapidamente de tragédias e azares...mas quando falho as exigências que tenho para comigo a coisa fica triste.

Não ando é no meio,
ou sou o mais ou o menos do menos.

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