IDENTIDADE
Chateia-me que se tenha passado a confundir quem se é com o que se faz.
O meu nome é X e sou pedreiro/engenheiro/toureiro.
No mesmo sentido, porque assim pensa o próprio, é comum o o que fazes ser a segunda - quando não a primeira - pergunta que é feita e um recente conhecido.
Eu sou muito mais que isso, ainda que o que faço me ocupe a maior parte do dia;
Os outros são muito mais que isso, ainda que não se apercebam e se não forem...tenho pena deles mas quero distância (um dos meus problemas principais com médicos).
A minha identidade não se desliga do que faço e isso é muito mas muito irritante.
Não interessa o que estou a fazer: não interessa se estou a fazer uma peça ou se estou a tirar fotografias; não é importante se é profissional ou lúdico. Em qualquer dos casos, ser mal sucedido fode-me a cabeça.
Em qualquer circunstância, o resultado ser pior do que aquele que entendo deveria ser não é uma notícia bem recebida.
Podem pensar que eu sofro do mesmo mal que critiquei mas não sofro.
Sofro de um que, provavelmente, é pior.
É certo que sou muito mais do que o que faço mas também o sou durante muito mais tempo.
O que eu faço desliga-se (mais ou menos...) quando deixo de o fazer mas O que eu sou está sempre ligado.
Dou-me muito mal com aquilo que é, para mim, ser mal sucedido.
Parece que não tenho grilhões porque não são muito visíveis mas tenho. Não são muitos mas são estupidamente pesados.
CHOREM!
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