Monday, July 10, 2006

PVF

É verdade que um cacto precisa de pouco,
é também verdade que precisa de ti.
É verdade que aos outros se faz mouco,
é também verdade que precisa de ti.

O sol nascia despliscente e desinteressado
e o cacto nem por isso se sentia menor.
Havia dias em que se queria inanimado
e outros havia em que era inacessível à dor.

Há, no entanto raios que penetram na alma,
encontrou um desses o espinhoso ser.
O frio da seiva transformou-se em chama
e um batimento no peito começou a aparecer.

É a fonte do aperto e do prazer.
É o calor do dia e o frio da noite.
É a vontade pulsante de viver.

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