Ontem, quando cheguei a casa tinha gente que queria falar comigo.
O telefone tinha chamadas não atendidas, o pessoal de casa queria contar-me coisas...enfim. Não é que seja particularmente concorrido nem que tenha muito a dizer mas, provavelmente porque não me apetecia falar com ninguém havia quem quisesse falar comigo, como a Lei de Murphy ensina.
As chamadas não atendidas, ignorei. Nem o atendes agora? depois de 1 ou 2 não atendidas eu respondi, o que costumo fazer porque me chateia ignorar quem se esforça e submete a questões deste tipo.
Ontem, não deu.
As palavras ouvi e, contrariamente ao que é costume, fingi-me interessado e não despachei os assuntos sem apelo nem agravo. E fiz isso porque em momentos em que não estou virado para ter conversas mais a sério finjo que me interessa para evitar que me perguntem o que é que eu tenho; e reparem, a maioria das vezes em que me perguntam eu não tenho nada além da costumeira falta de paciência mas quando tenho, mesmo, alguma coisa prefiro que não me perguntem porque não quero falar sobre isso.
Então, pareço quase simpático e quase tolerante para o que os meus ouvidos entendem como absurdo.
Tudo para que me deixem em paz.
Tudo para que não vejam que estou esgotado.
Tudo para que possa ficar sem piscar os olhos a olhar para um ponto imaginário na parede.
...e dormi como se tivesse corrido uma maratona, que foi, em termos figurados, o que fiz.
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