Wednesday, December 06, 2017

FAVORES

Entre fazer e pedir favores, prefiro fazê-los mas só os faço ou por quem me é próximo ou se não me causarem um transtorno que considere excessivo.
Hoje, vamos ficar pelos pedidos. Outro dia talvez se dê de falar dos concedidos.

Era óptimo que as principais motivações para não pedir favores fossem fofas como não querer incomodar ou tenho de me prover pelos meus próprios meios! mas não são. Têm peso. Também existem mas não os reputo de principais.

Os principais serão:
1 Tu não tens estrutura para lidar com rejeição (expressão de uma das minhas Ex).
E não tenho.
Já fui rejeitado mas não me agrada nada. O que é um eufemismo para deixa-me fodido à 10ª potência.
Porque não gosto de incomodar; porque não tenho muitas necessidades; porque gosto de resolver os meus problemas sozinhos, só peço um favor quando acho mesmo que preciso e nunca por comodidade.
Acresce que só pedirei alguma coisa a quem confie e confie muito (o que se ligará ao segundo) e só confio muito em gente que me conhece.

E gente que me conhece terá de ter conhecimento de que se peço é porque preciso e se preciso não é para ser negado e nem hesitada a sua concretização.
Se me for negado;
Se não for concretizado, o mais provável é perder essa pessoa e não tenho muitas para perder.

Então,
prefiro deixar para último caso, para um caso em que a recusa redundará no afastamento e em que esse afastamento tem um motivo palpável para acontecer.
Nunca olho para o retrovisor.

Sim. 
Os meus pedidos de favores assemelham-se perigosamente a ordens.

2 Não gosto de dívidas.
Um favor concedido é uma dívida que contraio.
Para ser completamente justo, não considero os favores que concedo como um crédito - a menos que fique muito e muito irritado e decida usá-lo como tal...casos em que, depois, ficarei a detestar-me por um largo período de tempo - mas assim os encaro quando uma facilidade me é concedida.

As dívidas - todas elas - são um definitivo passo para a perda de liberdade. É por causa da dívida da casa que muita gente não se vai embora; é por causa da dívida do carro que muita gente continua a fazer o que não quer; é por causa da dívida do telemóvel - tenho vontade de cuspir sempre que penso nisto - que não se vai jantar fora. 
É, também, por causa desta dívida que resulta de um favor que pedimos que podemos ficar constrangidos no momento em que temos vontade e motivos para mandar alguém foder.

Prezo muito a minha liberdade de mandar quem quer que seja para o caralho e senti-la coartada é um sofrimento atroz.

São motivos mesquinho, eu sei.
Não gosto de mesquinhez mas nunca disse que não era mesquinho em algumas coisas.

E

...tenho alguma repulsa pelo John Mayer mas tenho apreço pela música que se fez nos 60/70.
Por isso, ainda que em conflito:

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