Thursday, November 23, 2017

Faget e outras Paneleirices

Ando há semanas a ouvir um levantamento indignado contra a utilização do termo faget (paneleiro) como insulto.
O pior é que isto tem acontecido no meio do MMA mas, obviamente, se ocorre neste mundo em que uns espancam os outros para ganhar a vida e outros ainda ganham a vida a comentar a forma como uns espancam outros, esta sensibilidade há-de andar a bombar!

Isto deixa-me um bocado irritado por ser estúpido...

A ligação que andam a fazer é que chamar faget a outro é denegrir a homossexualidade.
Isto é, para mim, incompreensível.

A intenção do insulto é ferir quem se insulta e não quem lá não está; ou seja, chamar paneleiro a alguém - e eu chamo muitas e muitas vezes - não significa que tenha o que quer que seja contra homossexuais. Não tenho.
Alguém no seu perfeito juízo acha que quando uma pessoa chama Filho da Puta a outra quer insultar a mãe dele?! Não. Não quer. Quer insultá-lo a ele!
Se for minha intenção chamar Puta à mãe de alguém ou vou procurá-la para lhe dizer isso ou digo, por exemplo, a tua mãe é uma puta.

Outra: eu, como muita gente, sou gordo.
Se me chamarem gordo não me chateia e não entendo como insultuoso chamar alguém de gordo mas se estiver à frente de um daqueles camelos que anda a medir a taxa de gordura que tem no corpo e todo rapado e cenas sou muito gajo para lhe chamar gordo...apesar de ser gordo.
É para o insultar.

Seria honesto que se assumisse que entramos numa cruzada contra o insulto mas não é o caso.
Os mesmos gajos que andam indignados com o faget (ao ponto de dizerem f word para não ter de, grotescamente, usar a expressão) são os mesmo - literalmente, os mesmos - que não viram nada de realmente escandaloso quando um lutador, ainda dentro da jaula e ao microfone, apelidou os brasileiros de animais nojentos.

Sabem o que são estes gajos?
Uns paneleiros.

...e ainda sem sair do assunto MMA e a sua conexão com o Mundo...

O Werdum (look it up) está a ser massacrado por muitos dos f word porque foi em cima de um outro lutador, na rua, mais pequeno que ele.
Parece-vos que vou defender a tirania dos mais fortes (que existe!)? Nop.
Parece-vos que vou dizer que o Werdum é um exemplo? Nop. Não sei se é.

O que está a acontecer - ilustrado no Werdum - é que só porque alguém é maior e mais deve tolerar os mais pequenos e mais fracos, independentemente da razão.
É o caralho!

O que o Werdum disse foi qualquer coisa como: Estes gajos acham que podem dizer-me o que quiserem e eu tenho de ficar quieto. Dizem "ah, tu pesas 120 kgs" e acham que isso é suficiente para eu ter de os aturar. Não é.
Eu não me meto com ninguém - desconheço se assim é - mas não me vão andar a insultar. Se me provocarem, eu respondo.
Se é assim, faz bem.

Um destes pigmeus (quando comparados com o Werdum) picou-se com ele e quando percebeu o Wedum a caminhar na direcção dele e, com o Werdum a morte, começou a patinar para trás enquanto o ia insultando cada vez mais de longe e, depois, chamou a polícia.

Meus amigos, vamos ver se nos entendemos: quando a cabeça não tem juízo, o corpo é que paga.
Querem ser espectaculares? Querem armar-se em machos? 
Façam isso mas, depois, levem na tromba como uns homens.

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