Tuesday, February 06, 2007

Alavanca


Apanho-me ciclicamente em fuga.
Fuga de quê?
Bem...difícil dizer... a maioria absoluta das vezes quando olho já estou a correr.
Ver-me parado e apto a receber muitas das coisas que me querem oferecer é tão comum como ver um porco andar de bicicleta.
Estou num estranha e relativamente nova situação (relativamente porque já me acontecer mas não com tamanha intensidade) de não me largarem o braço.
Estou claramente a forçar a partida (tenho disso consciência quando me calo), nitidamente a tentar que o vento me leve, objectiva e subjectivamente a demonstrar que apesar de querer acho que não consigo.
O meu fracasso no que a sentimentos respeita é, ou deveria ser, internacionalmente reconhecido.
Já tive a felicidade de estar ao lado de mulheres de elevado quilate, admiráveis, quem me queriam bem e que mereciam o devido retorno.
Gostaria de ter a possibilidade de justificar a minha incapacidade de parar no facto de uma mulher me ter feito sofrer muito um dia...o que me tornou recalcado.
Não o posso dizer, nunca me aconteceu, sempre foi bem mais ao contrário.
De volta ao presente... sei que quero mas não sei se consigo.
Há uma força que me impele pra longe porque não se acredita que será possível.
Há uma vontade de ficar perto porque é o que eu quero pra mim e parece-me que poderá acontecer.
Pra já, a segunda está a ganhar porque está a ser ajudada com todas as forças que não me pertencem e que me são oferecidas...sem qualquer contrapartida.
Gostava, e estou a tentar, o "vida deixa me levar vida leva eu" mas isso é-me tão natural como recusar um Jameson depois de um belo repasto.
Não sei onde isto vai dar...
Enquanto isso, "leva o mundo que eu vou já"

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