Wednesday, December 16, 2015

O Caos

Como diz a descrição da coisa, aprecio a Teoria do Caos ou o pouco que entendo dela. Gostava que fosse uma cena desenvolvida e de concordância elaborada mas não é, o que acontece é que é a única Teoria (que conheço) que se baseia na certeza da incerteza, ou seja, se é - para mim - certo que tudo está ligado a tudo é mais certo, ainda, que se torna muito difícil determinar uma tão distante causalidade.

É por causa desta minúcia do detalhe que muda tudo que tendo a estar atento ao que é irrelevante porque o mais relevante acaba por ser aquilo que os outros entendem como supérfluo porque tendem a não o esconder.
Por exemplo:
quando uma amiga namorou com um gajo que pedia cola enquanto ela pedia cerveja, ao jantar, disse-lhe que a coisa iria durar pouco, como durou.
Dirão que isso é parvo e visto isoladamente é mesmo; é evidente que é pouco relevante, enquanto tal, o facto de se beber cola ou cerveja mas a verdade é que este pouco revelava o que o óbvio escondia.
quando uma ex se desmarcou, meia hora antes, do aniversário da melhor amiga quando eu cheguei do estrangeiro (ela não sabia quando eu chegava ainda era futura, na altura) pareceu-me que aquilo ia resultar.
Dirão que é porque me dava toda a importância do Mundo mas isso seria meia verdade; a verdade completa é que ela percebeu que aquilo naquele momento era a coisa mais importante do Mundo, não eu.

O problema de toda esta sapiência e atenção é que como algumas das subtilezas são tão pequenas que é possível e fácil achar que o são e estarmos enganados, é a velha ideia - real - da paranóia.

Não podemos ver tudo, admito e aceito;
Não podemos não querer ver tudo porque, depois, somos os coitados que foram apanhados desprevenidos quando o que aconteceu, de facto, é que fomos mais que prevenidos e não quisemos ver.

De todo o modo, 
é uma medida difícil, é um exercício cansativo mas, no meu caso, inevitável.

...e agora, aquilo que é raro: música alegre que se quer verdade:

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