As Dúvidas dos Idiotas
Só pareço destemperado, na realidade não sou. Melhor: aprendi a contar até 10 com muita eficácia com o passar do tempo e, agora, é relativamente difícil tomar decisões intempestivas (a menos que me façam perder a calma, o que também é mais difícil do que já foi, caso em que se bate primeiro e pergunta depois...o que é uma enorme maçada...).
Então, os Idiotas:
Hoje - e para ser honesto, há uns dias - ando a pensar se hei-de dar um presente ou não.
Bem, tens de pensar, como todos, porque a vida está cara! seria uma boa desculpa para o efeito mas esbarra no facto de que não tendo a dar presentes caros porque sinto sempre que é uma forma de deslumbrar com o valor e não com o pensamento; o presente mais caro que já dei resultou da enorme ressaca com que estava e decidi despachar a coisa; quando compro vinho branco compro caro porque entendo muito pouco da poda.
Voltando: não é uma questão de dinheiro e também não é uma questão de vontade.
A coisa é: como é que isso vai ser entendido? e isso não é paralisante mas preocupa-me.
O que se vai pensar, o que diz isso de mim, como será a reacção...essas merdas...
Deveria fazer, se quer fazer, certo?
Temos sempre de voltar aos Idiotas...
É verdade que só faço o que quero mas mais verdade ainda é que só faço o que acho que devo (é por esse tipo de merdas que quem me queria perto e me conhecia melhor do que devia me disse que tu dizes que ninguém manda em ti e isso é falso! Tens coisas demais a controlar-te só que não são as outras pessoas, ÉS TU! e tinha razão).
Devo? Não devo? É que já nem é uma questão de querer. Odeio sentir-me despido emocionalmente porque fisicamente...ainda se está a meio da frase e eu já estou sem calças...
Para que se entenda o que quero dizer com coisas baratas ou, às vezes, que nem dinheiro custam:
Já recebi bastantes presentes, como todos nós, espero, e foram bastante variados: relógios, rádios para o carro, perfumes, isqueiros com cenas gravadas e personalizadas, DVDs de música vindos de sei lá onde, CDs...enfim, muita coisa.
Quando, por estes dias, estava a pensar no que agora escrevo lembrei-me que uma vez recebi uma fotografia de uma cama desfeita onde se lia, de um dos lados, qualquer coisa como aqui, onde devias estar sempre e onde tinha estado, de facto.
Mais barato, não estou certo que se arranje.
Mais simples, não estou certo que haja.
Neste momento, é a que melhor me lembro.
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