Thursday, May 19, 2016

As ideias de regeneração e evolução e por aí fora são óptimas mas constituem algo mais parecido com fé do que com realidade.
É a estória do escorpião que pica o seu transporte de margem a margem, o que resultará em morte certa, e ouve eh pá, por que me picaste?! Agora vamos foder-nos os dois... e responde pois, é a minha natureza...

É possível que o escorpião, como muitos de nós, tenha acreditado que não iria picar até ter chegado a meio do caminho mas, depois...
O meu amigo zen que antes era um troglodita, só precisa de um empurrãozinho para regressar aos tempos de punhos levantados. Ele não mente quando diz que mudou, é obviamente visível, mas, como parece acontecer com todos nós, é uma mudança que não suporta a espessura da epiderme.
A minha amiga que quer muito ser mãe e dar sentido à vida depois não tem tempo para conhecer gente e ainda menos paciência para o fazer.

O que é chato em toda esta merda não é tanto a incapacidade de se metamorfosear mas antes o trabalho que se tem para, em última análise, falhar.
É muito chato...

Poderão pensar ah, cool que sabes isso e até tens provas. Vais poupar imenso tempo e esforço. Vais-te aceitar como és e seguir em frente!
Sim, assim seria se a minha inteligência fosse o que muitas vezes parece.
Apesar de me considerar pouco comum em muitos aspectos, tanto para o bem como para o mal, há outros em que sou tão igual a todos que chega a irritar. 

Sinto-me muito bem na minha pele, não se enganem, mas não sinto que deva parar de tentar alterar aquilo que entendo dever ser mudado. E depois, há aquela coisa ainda mais chata do que trabalhar para alguma coisa e falhar que é estar-se determinado a ser isto ou aquilo independentemente do esforço empreendido.

Não me dou bem com limitações. Muito menos com as minhas!

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