Tuesday, August 23, 2016

Limites do Humor

Quando ouço esta questão dá-me vontade de rir porque acho que não há limites.
Talvez a resposta mais próxima da realidade seja O Bom Gosto mas mesmo isto é amplamente discutível.
Ontem ouvi um comediante dizer sabem o que não há em Lousada (acho que era Lousada)? O Rui Pedro... e ri-me a bandeiras despregadas.
Piadas sobre doenças, religião, sexualidade, racismo e que tais não me incomodam desde que o único intuito não seja ofender (e mesmo quando é, às vezes acho graça).

Ah mas e os visados? Também têm sentimentos... e devem ter mas se pensarmos sempre neste sentido nunca faríamos nada a coisa nenhum nem a ninguém.
O meu problema, por exemplo, com o cartoon de Maomé do Charlie não foi ser ofensivo, foi só não ter graça; há uns tempos vi uma imagem de um crucifixo metido numa gamela com mijo e não fiquei chocado, só me pareceu gratuito e de mau gosto (como a Última Tentação de Cristo).

Sucede que...

Outro dia deu o Braveheart.
O Braveheart talvez seja, de facto, o meu filme favorito (de facto porque foi e é o que vi mais vezes mas se me perguntarem qual o meu filme favorito a resposta será outra e será, por motivos óbvios, um filme que vi menos vezes) e é-o por mais do que uma razão.
Tem que ver com o desporto que pratiquei;
Tem que ver com uma ideia de honra;
Tem que ver com uma história de amor que considero sê-lo de facto.

Ora,
quando começa a desenrolar-se o romance entre o William e a Murron, ouvi uma piada sobre o que estava a acontecer e não achei graça nenhuma. Fiquei, até, um bocado fodido.
A piada que foi feita não foi ofensiva - quase nunca é - e nem demasiado perfurante. Sou capaz de ser manifestamente mais agressivo com assuntos manifestamente mais sérios e dramáticos...só que...

Não me vou alongar muito sobre este assunto porque não quero sentir toda a testosterona que me habita escapar-me mas ilustrarei:

Se alguém se rir quando estiver a ser tocada esta música ficarei muito fodido:

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