Por Nada...
É sabido que não gosto de datas festivas por pré-definidas;
É sabido que não acredito em vinho para ocasiões especiais;
É sabido que não gosto de que se faça porque se espera.
Isto foi o K que me deu. E isto, também. E isto, também.
- Estava para te perguntar onde tinhas arranjado uma dessas coisas, gosto muito.
Pois, não arranjei...
- E deu-te porquê? Que ocasiões foram?!
Nenhum deles em nenhuma ocasião em especial...
Não é que me faça confusão a pergunta mas revela o que me chateia e onde não quero estar.
Pensar que terei de fazer isto ou aquilo naquele dia porque sei lá o quê aconteceu é muito chato. E não é só chato por ser banal, é muito chato porque - por norma - isso desresponsabiliza as pessoas dos outros dias porque nesses outros dias nada aconteceu.
E o espantoso é que quando gente vos conta histórias de cenas espectaculares elas tendem a revelar que aconteceu qualquer cena que não se estava a contar...mas depois esquecem-se que o espectacular foi isso e não tanto outra cosia.
É como jantar fora no Dia dos Namorados e ver a maioria dos casais calado à mesa porque...bem, porque tiveram de ir jantar fora na senda de é o que se faz hoje.
É como achar que gastar mais dinheiro = prenda melhor ou gastar mais dinheiro = mais felicidade. Os presentes mais caros que dei serviram para compensar o facto de não ter tido tempo/vontade de pensar muito.
Obviamente, isto tem implícito o seu contrário: quanto nenhum dia é especial, todos os dias são especiais.
Agora, quando se quer estar apenas onde se quer estar e não onde se tem de estar ou se pensa ter de estar, isto não parece um preço muito alto a pagar.
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K, vamos para a cama...
- Não estou com sono...vai tu que eu depois apareço.
Não, eu fico aqui. Se adormecer, acorda-me. Não gosto de ir para a cama sem ti.
Não sei se doeu a quem disse mas a mim doeu.
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