Fim De Tarde de Quarta-Feira
Antes de ir ver o Porto ser enrabado pela Juventos (e de ter vontade de espancar o Alex Telles), fui matar uma cerveja para a varanda de uma das minhas duas amigas.
Conversa daqui e conversa daqui e surgiu como estão as coisas com a C? ao que respondi tá tudo bem... e rimos os dois.
Não porque fosse suposto as coisas estarem mal ou, sequer, por ser expectável que assim fosse mas porque para mim nunca nada está bem. Sou como um atleta de alta competição, nestas merdas: um gajo nunca está a 100% ou porque dói um dedo do pé ou porque se tem uma ruptura de ligamentos.
Depois,
novamente sem saber exactamente como se foi aqui parar, disse-lhe foda-se, nunca passei tanto tempo em shoppings e supermercados... ao que ela me perguntou porque não se alternava e ia um de cada vez, o que me pouparia.
Bem...a ideia, como muitas outras, faz sentido mas não se adapta à prática; melhor, não se adapta à prática daquilo que eu entendo dever ser e que a realidade tem a felicidade de me apoiar.
É certo que não se tem de fazer tudo junto, sendo que, provavelmente, é melhor não se fazer tudo junto mas, o problema quase perene, é que a falta de vontade de se estar junto leva a que surja a vontade de estar separado e havendo esta vontade já não fará sentido estar junto.
Isto parece recambolesco mas não é.
é a vontade de estar junto, mesmo em condições não ideais como são, para mim, idas às comprar, que alimenta algo mais do que uma amizade.
A pessoa com quem estava a falar é muito minha amiga. Talvez seja difícil ser mais mas não vou, seguramente, papar o chaço de andar no Continente com ela a menos que haja algo de muito e muito específico que seja necessário.
Somos amigos. Faço o que puder para ela dentro dos parâmetros estabelecidos. Quando ela precisar: TUDO. Quando ela quiser: depende do que quiser.
...e o mais engraçado é que ela sabe disto mas como recalca e alguma cena new age lhe diz que cada um é cada qual, faz com que tenha vontade de parecer evoluída e uma mulher do século XXI sem que consiga entender que é muito mais definitivo o que se é do que o que se quer ser ou, sequer, o que se pensa que se é.
Posso parecer parvo.
Posso ser parvo.
Mas eu aceito a minha parvoíce.
E
é comum fazer referências a que falar e ouvir são sobrevalorizados porque, tendencialmente, ouvimos o que queremos ouvir e dizemos o que queremos dizer.
Ambos são casos de pouca fiabilidade.
Ainda não tenho o mesmo sentimento quanto a música porque ainda ligo a letras mas estou a melhorar muito.
Alguém precisa de letra para perceber o que transmite o Adios Nonino?
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