Estou a ler um livro sobre cenas da mente. Não estou certo de como o poderei qualificar mas tem que ver com o cérebro reptiliano (aquele que nos diz quando olhamos para uma foto se a pessoa está contente ou triste) e o outro (é chamado de sistem 2 mas não me lembro do termo técnico, porque não me interessa) que usamos quando nos perguntam, por exemplo, quando dá 20x178?
O assunto é, para mim, interessantíssimo e poderia discorrer sobre a própria questão científica da coisa mas não me apetece; quer porque não sei o suficiente quer porque, até agora, o que me chamou mais a atenção tem que ver com a imagem que colei (não poderei deixar de referir que estou a gostar muito da ligação entre a ingestão de glucose e a capacidade de recuperação de cansaço cerebral).
Bem, então:
olhando para a imagem que inicia o post é evidente que a segunda linha é maior do que a primeira só que, de facto, não é. São precisamente do mesmo tamanho.
Ah, mas a graça é essa? Não.
Isto chamou-me a atenção por causa disto:
todos poderemos medir as linhas para chegar à conclusão que são do mesmo tamanho, se não vos chegar eu ter dito que o são.
Depois de atestado que ambos os segmentos de recta têm o mesmo comprimento, se vos perguntarem qual a mais longa responderão que têm o mesmo tamanho...só que continuarão a ver que a de baixo é mais comprida do que a de cima.
Todos saberão que têm o mesmo tamanho;
Todos continuarão a ver que uma é mais longa do que a outra.
A quantas situações de todo o tipo poderíamos ligar este exemplo científico?
Quantas vezes sabemos o que estamos a ver mas continuamos a ver outras coisas?
Pior: quantas vezes ignoramos o que sabemos estar a ver para preferirmos ver outra coisa?
Não, meus amigos, nunca estamos sossegados.
Até o nosso cérebro nos fode.
(e o Mundo seria menos engraçado se não nos fodesse. É certo que doeria menos mas não é menos certo que seria muito mais chato)
...e por sermos esquisitos:
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