PASMADA!
(para que se perceba mais ou menos: conversa sobre termos de avaliação em que a pontuação vai de 0 a 5. 5 é o mais alto)
Então, K? Como correu?
- Bem.
Bateu a auto-avaliação com a que te deram?
- Sim. Bate sempre. Quando não corresponde é porque me dão mais do que o que me atribui.
A sério?!
- Claro. Bombei vários 5s mas também me dei 3s.
Porquê?!
- ...porque era 3 que merecia, nesses casos. Tu não de deste nenhum 3?!
Não.
- Tudo 4s e 5s?!
Claro.
- Foda-se, isso é impossível. Tem de haver parâmetros em que não desse para teres 4 e 5.
O terror, aqui, não é tanto a ilusão ou a óbvia imprecisão na avaliação que as pessoas fazem de si.
Eu também avaliei a pessoa com que se passou este diálogo e dei-lhe 3 numa ou noutra cosia; e a minha avaliação foi, a meu ver, bastante positiva mas...há 3 a atribuir é 3 que se atribui.
Em abono da verdade, diga-se o seguinte:
1. a minha avaliação é justa e todas deviam ser assim;
2. a minha avaliação é justa mas quando o único justo sou eu é capaz de passar a injusto; não me parece que vá haver uma avaliação valorativa do tipo Ah, é um 3 do K? Isso é um 4.5 das outras pessoas!
É um equilíbrio difícil mas como quero que o equilíbrio se foda, faço o que tenho a fazer.
...mas seria mais fácil fazer o que tenho a fazer em Marte.
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