O Céu não nos cai na Cabeça
O título é uma aberta alusão ao medo do Astérix mas tem uma outra ideia acoplada.
É incrível aquilo a que nos conseguimos habituar e adaptar. Quando ouço pessoas a dizer que não conseguem aguentar mais ou como é que se ultrapassa isto lembro-me de uma reportagem ou um programa que tinha Beirute como fundo (acho que era do Bordain mas não tenho a certeza).
O pessoal de Beirute estava a curtir a sua noite de copos e a conviver quando começa a soar o alarme de ataque aéreo. O pessoal começa a bazar e a procurar abrigo enquanto cai uma ou outra bomba na cidade. O bombardeamento acaba e o pessoal volta ao ponto de partida: mesmo bar e mesma bebida, caso o bar não tenha ido com o caralho.
Isto não é inspiracional, isto é a realidade.
O que faríamos nós, que não somos de Beirute, em situações semelhantes? Aterrorizados, não voltaríamos para o bar...mas durante quanto tempo? O pessoal tem de viver.
Numa péssima comparação, diria que durante muito tempo virar o barco por beber demais me fodia a noite. E depois, quando me fodeu mais noites do que devia, habituei-me a virar o barco e continuar (beber menos, naquela altura, não era uma opção).
Por isso, por muito mal que tudo pareça ou que tudo seja, um gajo habitua-se, adapta-se e sobrevive.
Não quero com isto dizer que é óbvio que se vai conseguir. No momento em que se pensa caralho, não vou aguentar! estaremos a ser honestos. Talvez não estejamos, sequer, a ser dramáticos. É só o que se sente. Felizmente, enganamo-nos.
...mas também precisamos de ter sorte.
Eu não sou muito de partilhar sentimentos em palavras. Não me orgulho disso. Não defendo isso. Não o faço para ser cool. Sou só assim. Eu não falo muito em geral.
Outro dia - acontece com frequência, na verdade - dei-Lhe dois beijos no cabelo enquanto estávamos sentados no sofá com Ela ensarilhada em mim. Respondeu-me Eu também te amo muito.
É sempre preciso ter sorte.
Não me chega que me digam mas eu aprecio que me digam.
Ela, provavelmente, gosta do mesmo que eu mas reconhece e conhece as minhas limitações.
Finda a tempestade, o Sol nascerá.
É incrível aquilo a que nos conseguimos habituar e adaptar. Quando ouço pessoas a dizer que não conseguem aguentar mais ou como é que se ultrapassa isto lembro-me de uma reportagem ou um programa que tinha Beirute como fundo (acho que era do Bordain mas não tenho a certeza).
O pessoal de Beirute estava a curtir a sua noite de copos e a conviver quando começa a soar o alarme de ataque aéreo. O pessoal começa a bazar e a procurar abrigo enquanto cai uma ou outra bomba na cidade. O bombardeamento acaba e o pessoal volta ao ponto de partida: mesmo bar e mesma bebida, caso o bar não tenha ido com o caralho.
Isto não é inspiracional, isto é a realidade.
O que faríamos nós, que não somos de Beirute, em situações semelhantes? Aterrorizados, não voltaríamos para o bar...mas durante quanto tempo? O pessoal tem de viver.
Numa péssima comparação, diria que durante muito tempo virar o barco por beber demais me fodia a noite. E depois, quando me fodeu mais noites do que devia, habituei-me a virar o barco e continuar (beber menos, naquela altura, não era uma opção).
Por isso, por muito mal que tudo pareça ou que tudo seja, um gajo habitua-se, adapta-se e sobrevive.
Não quero com isto dizer que é óbvio que se vai conseguir. No momento em que se pensa caralho, não vou aguentar! estaremos a ser honestos. Talvez não estejamos, sequer, a ser dramáticos. É só o que se sente. Felizmente, enganamo-nos.
...mas também precisamos de ter sorte.
Eu não sou muito de partilhar sentimentos em palavras. Não me orgulho disso. Não defendo isso. Não o faço para ser cool. Sou só assim. Eu não falo muito em geral.
Outro dia - acontece com frequência, na verdade - dei-Lhe dois beijos no cabelo enquanto estávamos sentados no sofá com Ela ensarilhada em mim. Respondeu-me Eu também te amo muito.
É sempre preciso ter sorte.
Não me chega que me digam mas eu aprecio que me digam.
Ela, provavelmente, gosta do mesmo que eu mas reconhece e conhece as minhas limitações.
Finda a tempestade, o Sol nascerá.
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