It´s Nice to be Asked
Há uns tempos, uma amiga disse-me qualquer coisa como pá, estavam a tentar evangelizar gente à porta da estação de metro e a mim ignoraram-me! Perguntei-lhe, entre sorrisos (porque sabia a resposta) se ela queria ser evangelizada.; não queri mas deviam ter perguntado!.
Esta estória foi cómica e anedótica mas dificilmente nos deparamos com humor que não tenha uma qualquer ligação à realidade.
É certo que ela não queria nem quer passar a ser uma Testemunha de Jeová mas...foda-se, é triste não a terem querido converter!
Isto é tão parvo como humano.
Como a minha intenção é fazer a racionalidade suplantar a humanidade, estas coisas raramente me incomodam mas entendo o sentimento.
Como já disse por cá, infelizmente ainda sou demasiado humano.
...por isso, ando a deixar-me incomodar por coisas que nem sequer quero.
É qualquer coisa como eu não quero mas é ridículo e inconcebível que vocês não queiram que eu queria ou, pelo menos, pensem que não vale a pena pedir porque sabem que eu não quero.
No primeiro caso, é estúpido;
No segundo caso, é insultuoso porque ninguém decide por mim.
Mas eu sei que isto é profundamente parvo e porque não conto a ninguém nem sequer tenho a vantagem de me rir com esta merda.
Não se brincam com feridas frescas.
Tenho tanta coisa a foder-me a vida...
Não estou habituado a falhar, por isso lido mal com isso;
Não estou habituado a que não me façam as vontades, por isso lido mal com isso;
Não estou habituado a ser rejeitado, por isso lido mal com isso.
Eu sei que, em princípio, tudo o que descrevi são vantagens mas a minha reacção intempestiva e violenta a estas merdas traz muito dissabores a quem me rodeia e, porque me rodeiam, traz-me também dissabores.
E numa apreciação muito pouco lisonjeira mas que entendo como verdadeira: eu, às vezes, sou muito dramático.
Felizmente, não se vê. É só por dentro.
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