Quando ouvia de todos os lados "ah...tu vais é comer gajas!!!" respondia com a verdade: "não...quero música..."
A verdade soou a mentira com uma violência tal que acho que ninguém (nem a minha mãe ehehe) acreditou.
"Isso não faz qualquer tipo de sentido, a mim não precisas de enganar..."
Pois...pra mim fazia e agora continua a fazer.
Deve ser a estória do cesteiro que faz um cesto e do tipo carnal que vai para o paraíso da carne pra comer peixe.
Felizmente, como em tantas outras coisas, tou-me bem a foder pro que pensam ou deixam de pensar.
Quando passei a porta do Trapiche ou do Bom Sujeito ou do Salgueiro ou de 1000 outros lugares onde entrei o tempo parou, entrei realmente em estado catatónico.
Lembro-me vagamente das conversas da primeira hora pós entrada, tenho ideia de ver dedos a estalar em frente aos meus olhos a dizer "oi?! acorda!", infelizmente não dava para acordar.
Pensamento de Fenris: "Cerveja e samba...o paraíso deve de ser assim..."
Desde a cuica que me entrava no cérebro ao pandeiro que tomava conta das minhas pernas, partindo do cavaquinho que me impedia de pestanejar ao violão que bloqueava a minha boca.
Há coisas que não se explicam e que nem se tentam explicar, na verdade nem quero.
Pareceu-me que houve um raio de felicidade a passar-me à frente, mas não tenho a certeza...sempre que me passou à frente foi rápido demais e nunca tiva a certeza de o ser de facto.
Traduzindo em palavras que outro escreveu, e só o faço porque realmente pinta muito bem a coisa, não sou fã de transcrições:
"O Gringo, subiu o morro e bebeu cachaça.
fumou maconha e obteve a graça,
depois do samba sua vida nunca mais foi a mesma!"
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