Não, Pra Mim Não...
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"Se lembra quando a gente
chegou um dia a acreditar,
que tudo era pra sempre
mas o pra sempre...sempre acaba"
O tipo de inevitabilidades em que não acredito porque não posso acreditar, que o pra sempre sempre acabe.
A acreditar que tal verdade fosse absoluta os meus alicerces ruiriam e o cinismo deixaria de ser uma imensa mancha na minha pele para a minha pele passar a ser um resquício de lembrança no meu cinismo.
Não pareço e eventualmente nem sou o tipo clássico de romântico.
Não acredito num amor vivido numa cabana.
Gostava de acreditar mas não acredito, ainda, num estilo de vida frugal em que basta a um ter o outro.
Não me emociono com o reencontro de amantes no aeroporto e nem sequer com a despedida.
Nunca me viram e nem eu me vi a chorar de desgosto.
Acho até, à revelia dos corações palpitantes, as Pontes de Madison County a história de uma puta que traiu quem tentava fazer por ela e pela família o melhor que podia, da mesma forma que acho que a Cidade dos Anjos é uma narrativa pobre que anda em torno de um anjo com ar gay que quer foder uma terrestre.
Por outro lado, acredito piamente no Amor para Sempre, ainda que não possa desta forma ser vivido.
Acredito ainda na fidelidade e felicidade somente com um par de pessoas envolvidas.
Acredito que um Amor que Não seja Para Sempre não pode ser apelidado de Amor.
Vejo no Tigre e o Dragão uma das mais belas histórias de amor que já foi filmada e acho a mesmíssima coisa do enredo denso e pesado da mulher de William Wallace no Braveheart.
Sim é para sempre.
Não, o sempre nunca acaba.
O etéreo não tem de ser palpável e nem as células de se misturarem.
Umas vezes confunde-se inevitavelmente o que eu sou com o que eu pareço ser...nada de criticável, na verdade, a culpa é apenas minha.
O meu Amor será seguramente como eu...
Difícil, agridoce, cansativo a tempos, intempestivo, mal humorado....
Mas será também férreo, afectivo, devastador, terno....
E sim.....não acabará!
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