Thursday, May 01, 2008

É muito ao mesmo tempo...

Os sentimentos ambrulham-me o estômago.
Os desejos fazem-me sentir tonturas.
As vontades prendem-me a respiração.
Os medos piso-os com todos os kilos do meu corpo.

Não serás bem vindo, não há convites nem livre acesso.
O meu espaço é ganho, entre socos, unhadas e mordidas.
Não dou, é preciso que mo roubem.

O mar nunca está calmo e o sol nunca vê os seus raios atravessarem o céu sem combater as nuvens.
O vento sopra a plenos pulmões, a areia está constantemente no ar e o oxigénio é rarefeito até mesmo ao nível das águas do mar.
Há sempre predadores escondidos nas rochas, há sempre enormes espinhos nas rosas.

Aqui não se vive democracia, é uma tirania instalada e apoiada no chicote.
Não se mostram dentes a não ser que seja para moder.

Mas isso é apenas a fronteira.

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