Acho que o céu nublado, aquele que não tapa completamente a luz mas que a incomoda, é uma das imagens da verdade. Por conseguinte, o céu limpo é mais parecido com uma mentira.
Mesmo que se necessite da ajuda de uma vela, sou mais adepto da verdade, mesmo que implique ver mais próximo do nariz, sou mais adepto da verdade.
Parece antagónico que, contrariando a crença geral, me pareça que o raiar do sol esconda mais do que mostra e que o seu, ainda que pálido, escurecer resulte no contrário. Contudo, é o que me parece.
Repare-se que não há uma só face em nada. Repare-se que Hitler odiava as pessoas mas amava o seu cão. Repare-se que muitos se amam mas odeiam os espelhos. Repare-se que quanto mais brilha o sol mais nítida é a sombra.
Assim vejo o mundo, mais escuro que claro, mais esbatido entre mim e minha sombra, mais próximo de uma simbiose do que de uma total diferença.
Assim vejo o mundo, quanto menor a ilusão mais facilidade tenho em olhar para o céu, quanto maior a certeza menos necessito da copa das árvores.
Então, porque prefiro que, ainda assim, se soltem uns raios que alumiem a escuridão? Não faria mais sentido que a noite fosse a minha imagem de verdade?
Bem, talvez faça sentido mas não corresponde ao que encontro quanto (tento) manter os olhos abertos.
Vejo as ruas com um misto de realidade e esperança. Não acredito em tudo mas também não duvido de tudo. Aqueles raios que rasgam o céu e que vêm até mim são isso... o espaço que guardo para o que não sei e para o que espero, para o punhado se açucar que impede que o meu sangue seja demasiado azedo.
A realidade deve ser pulvilhada de esperança mas nunca o contrário.
Mesmo que se necessite da ajuda de uma vela, sou mais adepto da verdade, mesmo que implique ver mais próximo do nariz, sou mais adepto da verdade.
Parece antagónico que, contrariando a crença geral, me pareça que o raiar do sol esconda mais do que mostra e que o seu, ainda que pálido, escurecer resulte no contrário. Contudo, é o que me parece.
Repare-se que não há uma só face em nada. Repare-se que Hitler odiava as pessoas mas amava o seu cão. Repare-se que muitos se amam mas odeiam os espelhos. Repare-se que quanto mais brilha o sol mais nítida é a sombra.
Assim vejo o mundo, mais escuro que claro, mais esbatido entre mim e minha sombra, mais próximo de uma simbiose do que de uma total diferença.
Assim vejo o mundo, quanto menor a ilusão mais facilidade tenho em olhar para o céu, quanto maior a certeza menos necessito da copa das árvores.
Então, porque prefiro que, ainda assim, se soltem uns raios que alumiem a escuridão? Não faria mais sentido que a noite fosse a minha imagem de verdade?
Bem, talvez faça sentido mas não corresponde ao que encontro quanto (tento) manter os olhos abertos.
Vejo as ruas com um misto de realidade e esperança. Não acredito em tudo mas também não duvido de tudo. Aqueles raios que rasgam o céu e que vêm até mim são isso... o espaço que guardo para o que não sei e para o que espero, para o punhado se açucar que impede que o meu sangue seja demasiado azedo.
A realidade deve ser pulvilhada de esperança mas nunca o contrário.
2 Comments:
Maravilhoso e verdadeiro texto...Um dia quero poder alcançar esse pensamento e quem sabe deixar escapar a verdade que não tenho?!!???
obrigado pelo maravilhoso, é merecido ehehehe.
a verdade é uma chatice, se pudesse ou conseguisse ignorá-la era o que fazia.
Bjo
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