Estou a ler um livro/reportagem sobre um dos assuntos que mais me interessa e escrito da maneira que mais gosto. Ora, apesar de ser um livro deste tipo, resulta da vida inteira de um tipo e das experiências pelas quais passou o que torna impossível a sua pessoalização em determinados momentos.
Num desses mesmos momentos, o Autor fala do pai. Na verdade, fala várias vezes do pai mas, no momento a que me refiro, revela aquilo que todos reconhecemos em toda a gente mas tentamos ignorar, precisamente, nos progenitores: o dualismo e a humanidade.
Falei sobre este assunto algumas vezes com pessoas pelas quais tenho interesse e respeito. É um assunto muito ingrato e só gente que presta atenção ao que viveu é capaz de perceber a importância que isto tem.
A maioria destes amigos, tal como eu, foi capaz de apontar, exactamente, o momento em que descobriram que os seus pais (é verdade que é mais fácil em relação ao pai do que à mãe, como comprovei neste estudo nada científico) sangravam, não eram assexuados, não eram brilhantes e nem mais rápidos do que uma bala. Este momento teve uma profunda influência em todos eles e, segundo me pareceu, quanto mais tarde ocorreu mais traumático foi.
Lembrei-me deste assunto exactamente por causa do livro e do Autor ter descoberto o mesmo que nós.
O que me irrita mais nesta evidência (para alguns, é claro) é que não deveria ser surpreendente. O que nos leva a pensar que eles não somos nós? O que nos leva a crer que eles têm uma obrigação que jamais aceitariamos para nós?
Depois de voltas e voltas, parece que o pião cai sempre no mesmo sítio. Somos fracos demais. Somos avessos a agruras. Somos limitados e lidamos muito mal com isso.
Em todas as civilizações foi necessário criar (artificialmente ou não, depende sempre a quem se pergunta) imagens de castidade e de maldade. Imagens de prémio e de castigo. Uma racionalização que ultrapassou a dissertação e se tornou em mito/lenda/sobrenatural. Um instrumento de domínio de consciências que nada mais é do que o conforto de um plano divino, de uma perfeição, de um caminho para o "bem", um caminho que se for trilhado garante o que nada pode garantir.
Poderia com uma enorme facilidade falar de religião, neste momento. Não o farei...
Eles somos nós...
Num desses mesmos momentos, o Autor fala do pai. Na verdade, fala várias vezes do pai mas, no momento a que me refiro, revela aquilo que todos reconhecemos em toda a gente mas tentamos ignorar, precisamente, nos progenitores: o dualismo e a humanidade.
Falei sobre este assunto algumas vezes com pessoas pelas quais tenho interesse e respeito. É um assunto muito ingrato e só gente que presta atenção ao que viveu é capaz de perceber a importância que isto tem.
A maioria destes amigos, tal como eu, foi capaz de apontar, exactamente, o momento em que descobriram que os seus pais (é verdade que é mais fácil em relação ao pai do que à mãe, como comprovei neste estudo nada científico) sangravam, não eram assexuados, não eram brilhantes e nem mais rápidos do que uma bala. Este momento teve uma profunda influência em todos eles e, segundo me pareceu, quanto mais tarde ocorreu mais traumático foi.
Lembrei-me deste assunto exactamente por causa do livro e do Autor ter descoberto o mesmo que nós.
O que me irrita mais nesta evidência (para alguns, é claro) é que não deveria ser surpreendente. O que nos leva a pensar que eles não somos nós? O que nos leva a crer que eles têm uma obrigação que jamais aceitariamos para nós?
Depois de voltas e voltas, parece que o pião cai sempre no mesmo sítio. Somos fracos demais. Somos avessos a agruras. Somos limitados e lidamos muito mal com isso.
Em todas as civilizações foi necessário criar (artificialmente ou não, depende sempre a quem se pergunta) imagens de castidade e de maldade. Imagens de prémio e de castigo. Uma racionalização que ultrapassou a dissertação e se tornou em mito/lenda/sobrenatural. Um instrumento de domínio de consciências que nada mais é do que o conforto de um plano divino, de uma perfeição, de um caminho para o "bem", um caminho que se for trilhado garante o que nada pode garantir.
Poderia com uma enorme facilidade falar de religião, neste momento. Não o farei...
Eles somos nós...
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