Não gosto de dourar a pílula e gosto ainda menos que a dourem antes de ma entregar.
Percebo que, volta e meia, temos de disfarçar a merda de caviar e, tato percebo que, apesar de não gostar, já tive de o fazer e vou fazê-lo de novo, seguramente.
Neste momento, abate-se uma eventual tragédia sobre a minha família. Porque é eventual, ainda não estou tão preocupado como estarei, provavelmente, amanhã.
Neste caso, a pílula terá de ser dourada. Não há qualquer chance de mandar a verdade nua e crua para a rua. Desconheço, ainda, quantas pílulas serão entregues, isso ainda é futurologia, mas, pelo menos uma sê-lo-á.
Para um gajo abertamente pessimista como eu, parecerá estranho que, neste momento, não esteja já a prever que o pior acontecerá. Seria a estrada natural a seguir.
Estranhamente, só sou pessimista para mim. No resto, para o resto, sou aquele gajo que não stressa, aquele que fica e faz ficar confortavelmente instalado contando que nada de mal vai acontecer. "É esperar para ver. Agora não vale a pena ficar tenso, agora não é, ainda, altura para desesperar," - É incrível mas é assim.
É tempo de (mais) adversidades.
É tempo de eu ser (uma vez mais) a cola que junta as peças.
É tempo de cair para segundo plano e ser o back up singer.
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