Friday, January 15, 2010

Admiro quem sabe o que vale e não tem medo de o dizer. Prefiro sempre a verdade à mentira ou ao seu eufemismo... a omissão.
O que agora passou a acontecer com alguma frequência, segundo creio na sequência do fenómeno Mourinho, é que a vontade de se assumir como possuidor de uma qualquer qualidade passou a tolher a realidade. Desde que passou a ser politicamente correcto assumir virtudes caiu-se na mesma armadilha da falsa modéstia: o exagero e a falta de realismo.

Há aí um tipo que me irrita há bastante tempo. Esse tipo tem direito de antena numa televisão de notícias 24 horas (o que só poderia ser pior se fosse numa generalista) e, deixa-me perto de um ataque de nervos.
Não é habitual, para mim, ter asco a alguém que não conheço e a quem apenas tenho acesso, digamos, virtualmente. Assim de repente, lembro-me de 3 pessoas: uma mulher (?) que tem uma crónica na Bola, o nosso nobel e este gajo que, além do dito tempo de antena, escreve para o Record (a tipa da Bola também já teve tempo de antena mas, graças!!, deixou de ter).
Ora, este gajo tem-se em óptima consideração e, se bem consigo ler à distância, até se acha giro. Contrariamente ao que me é costume, dou-me, inclusive, ao trabalho de me referir ao seu (tenebroso) aspecto.

O fato: o tecido não é mau. Nota-se que há ali dinheiro metido. Não sei se GA, EZ ou D&G, contudo, não resulta. Desconfio que ele pensará que dispõe de uma massa muscular bem superior à real e desconhece que número usar (e sim, independentemente do dinheiro gasto, nenhum fato do tipo "estou aqui!!! existo!!!" é de bom gosto);
Os óculos: não são para aquela cara e vêm com 10 anos de atraso. Poderá perguntar-se que óculos serviriam àquela cara mas a essa hérculea tarefa, esquivo-me.
A gravata e a camisa: deveria, mas não há, haver um curso para coordenação de cores e nós de gravata. Este tipo está a um passo de camisas e gravatas havaianas.
O cabelo: imaginem pentear-se usando, de auxílio, óleo de motor. Pronto.

Isto poderia ser o pior mas não é. É de tão mau gosto o vocabulário polissilábico, desconexo e espalhado deste tipo que me levou à triste descrição supra (triste pra ele e pra mim, que reparei).
Honra lhe seja feita, contudo. É desprezível e terceiro mundista mas conseguiu criar aquilo que Portugal mais ama: o acidente que se detesta mas seabranda para ver.

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