FELICIDADE? III
Não colocarei aqui todas as coisas que ouvi e me deixaram incrédulo porque não tenho paciência para miudezas e palavras desinteressantes. Colocarei, apenas, em dircurso directo, a parte que originou todo este testamento:
"então, mas comigo eras feliz?"
"sim. era louca por ti...mas eu e o x tínhamos tudo em comum"
"ok...mas não eras feliz..."
"não, como era contigo não mas era mais eu com ele do que contigo"
"e ainda assim, não eras feliz...se não eras feliz o que mais interessa?"
"há muitas outras coisas que interessam..."
"ok, concordo. mas o que interessam as outras coisas se não se é feliz? se bem me lembro do que é estar num relacionamento, há outras coisas importantes quando se é feliz mas quando não se é feliz apenas a felicidade importa".
"..."
E é aqui, meu caros. Foi neste momento que senti ter entrado numa outra dimensão. Eu, um dos gajos mais cínicos do mundo, um gajo que não confia em ningué, um gajo que espera sempre que uma facada chegue sou, afinal, um romântico quando comparado com as outras boas pessoas que habitam a mesma terra.
Não consigo descodificar o que leva a que alguém troque a felicidade (especialmente quando a conhece, quando a viveu, quando sabe que não é ficção literária) por outras coisas. Que coisas?! Poupo-vos trabalho, nunca me vão conseguir fazer compreender que coisas valem mais do que acordar a pensar em alguém da mesma forma como se embalou a pensar no mesmo. Nunca me vão conseguir fazer compreender que coisas valem mais do que a vontade animal de rasgar as roupas de quem se gosta porque não se consegue evitar.
Fodam-se as outras coisas, dessas há por aí aos pontapés.
Se fossem importantes ou tão importantes as outras coisas porque se usariam diamantes? Porque se procurariam diamentes? É tão mais fácil usar um anel ou um colar de outra coisa, como argila!
Se fossem tão importantes as outras coisas porque tanto se escreve sobre uma única coisa? Se fossem tão importantes as outras coisas porque vive o Romeu e Julieta no imaginário de gerações e gerações? E a Gata Borralheira? E a Branca de Neve? Foi um beijo cravejado de outras coisas que a acordou?
Valha-nos!
O que me interessa uma relação estruturada (palavra usada como sinónimo de morna ou desensabida) se essa estrutura não se baseia no que irá juntar duas pessoas durante uma vida (ou no que potencialmente poderá durar uma vida).
PS: além de odiar a palavra desabafar odeio com igual força a expressão fazer amor, contudo, terei de a usar.
Há uma coisa que já me aconteceu duas vezes e que nunca esquecerei. Nunca o disse a ninguém e muito menos o escrevi mas parece-me que, dado o encadear deste longo pensamento, terá chegado a altura.
Quando alguém chora de felicidade quando faz amor contigo nunca te esquecerá. Podem nunca mais se encontrar mas nunca te esquecerá. Nunca fui eu quem chorou mas isso apenas porque biologicamente acho que não consigo, senão teria chorado.
"então, mas comigo eras feliz?"
"sim. era louca por ti...mas eu e o x tínhamos tudo em comum"
"ok...mas não eras feliz..."
"não, como era contigo não mas era mais eu com ele do que contigo"
"e ainda assim, não eras feliz...se não eras feliz o que mais interessa?"
"há muitas outras coisas que interessam..."
"ok, concordo. mas o que interessam as outras coisas se não se é feliz? se bem me lembro do que é estar num relacionamento, há outras coisas importantes quando se é feliz mas quando não se é feliz apenas a felicidade importa".
"..."
E é aqui, meu caros. Foi neste momento que senti ter entrado numa outra dimensão. Eu, um dos gajos mais cínicos do mundo, um gajo que não confia em ningué, um gajo que espera sempre que uma facada chegue sou, afinal, um romântico quando comparado com as outras boas pessoas que habitam a mesma terra.
Não consigo descodificar o que leva a que alguém troque a felicidade (especialmente quando a conhece, quando a viveu, quando sabe que não é ficção literária) por outras coisas. Que coisas?! Poupo-vos trabalho, nunca me vão conseguir fazer compreender que coisas valem mais do que acordar a pensar em alguém da mesma forma como se embalou a pensar no mesmo. Nunca me vão conseguir fazer compreender que coisas valem mais do que a vontade animal de rasgar as roupas de quem se gosta porque não se consegue evitar.
Fodam-se as outras coisas, dessas há por aí aos pontapés.
Se fossem importantes ou tão importantes as outras coisas porque se usariam diamantes? Porque se procurariam diamentes? É tão mais fácil usar um anel ou um colar de outra coisa, como argila!
Se fossem tão importantes as outras coisas porque tanto se escreve sobre uma única coisa? Se fossem tão importantes as outras coisas porque vive o Romeu e Julieta no imaginário de gerações e gerações? E a Gata Borralheira? E a Branca de Neve? Foi um beijo cravejado de outras coisas que a acordou?
Valha-nos!
O que me interessa uma relação estruturada (palavra usada como sinónimo de morna ou desensabida) se essa estrutura não se baseia no que irá juntar duas pessoas durante uma vida (ou no que potencialmente poderá durar uma vida).
PS: além de odiar a palavra desabafar odeio com igual força a expressão fazer amor, contudo, terei de a usar.
Há uma coisa que já me aconteceu duas vezes e que nunca esquecerei. Nunca o disse a ninguém e muito menos o escrevi mas parece-me que, dado o encadear deste longo pensamento, terá chegado a altura.
Quando alguém chora de felicidade quando faz amor contigo nunca te esquecerá. Podem nunca mais se encontrar mas nunca te esquecerá. Nunca fui eu quem chorou mas isso apenas porque biologicamente acho que não consigo, senão teria chorado.
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