APRENDEMOS?
Este é um assunto antigo que, como a maioria deles quando são bons, não perde actualidade.
Gostamos todos de dizer que aprendemos com os nossos erros e, nesta idade de reprodução acéfala de mensagens, é cada vez mais comum dizer que o que temos de fazer é aprender e que as derrotas e coisas más (leia-se, não menos boas como agora está na moda).
Balelas.
Não sabemos nada.
Não aprendemos nada.
Numa das minhas incursões por informação que não me dá nada de particularmente relevante e que por isso tanto gosto, descobri que quando estamos nervosos ficamos com as mãos frias porque o sangue vai para as pernas para nos prepararmos para correr. Repare-se que nada de consciente há nisto.
A questão das pupilas se dilatarem por motivos que não controlamos será outro exemplo de que apesar de muito o querermos há coisas que não conseguimos evitar.
Eu, por exemplo, tenho uma imensa dificuldade em controlar impulsos. É verdade que melhorei mas estou tão longe como sempre estive de parar e pensar se calhar, agora é melhor não...
Isto aplica-se a quase tudo.
Há gente que culpa a parvoíce e outros que culpam os signos astrais, por exemplo (aprendi a usar o meu signo quando a coisa envolve mulheres. Serve de desculpa para muita coisa porque é sabido - por quem sabe e acredita - que o meu signo é muito pouco hospitaleiro e dado a cedências).
Eu só me sinto parvo.
Há ocasiões em que a frase ainda não saiu toda da minha boca e eu já sei que fiz ou vou fazer merda e ainda assim as mais das vezes a coisa continua.
Depois, de vez em quando, recrimino-me e outras vezes assumo, com muito pesar, que pouco posso fazer para ser outro que não eu...e isso irrita-me, como irrita todos os control freaks que por aí andam.
Neste momento, por exemplo, estou em vias de partir uma miúda mas a coisa está a andar muito devagar.
Gajo inteligente e que aprende teria paciência e faria tudo para confortar dúvidas e reticências completamente femininas. Mas eu não sou um gajo inteligente e nem aprendo.
Não me parece que vá acontecer mas como já estou irritado com o vai não vai não farei nada para isso. Quem quer quer, quem não quer quisesse...e assim o meu CV feminino é muito mais pobre do que poderia ser.
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