Saturday, November 08, 2014

SUN TZU DOS POBRES

MANIPULAÇÃO

Não gosto de ser manipulado e a melhor maneira de se ser manipulado é permitir que se descubra tanto o que nos impele como o que nos impede.
No meu caso, optei por esconder uma e não manifestar claramente outra mas sem a esconder.

Quanto ao que me irrita e desregula o que fiz e faço é criar uma primeira barreira de irritação. O que isto quer dizer é que menifesto as coisas que me irritam um bocado fazendo com que elas pareçam ser as que me irritam muito. O que isto faz é que quando me querem irritar usem o que sabem ou o que demonstro e, desta maneira, nunca me irritam muito.
Por exemplo: fico bastante irritado quando o Porto perde mas parece que fico bem mais irritado do que de facto fico. Assim, quando massacrado quanto a este aspecto nunca fico realmente de cabeça perdida mas parece; significa isto que consigo parar e não entrar em curto-circuito...o que não acontece se soubessem onde me picar.

Quanto ao que quero sou mais aberto e é mais fácil ser percebido.
Poderia optar por uma solução próxima da anterior mas não o fiz porque há uma diferença muito grande, na minha cabeça, em relação a estas duas coisas:
Mesmo que eu descontrole quando me neguem o que quero a minha consciência consegue justificá-lo porque estou a lutar por alguma coisa; quando me descontrolo porque me conseguem picar onde dói sinto-me parvo por me deixar afectar e fico a lutar contra alguma coisa.

Felizmente, o que relamente me afecta é relativamente incompreensível para os outros... raramente descobrem.

NUANCES

Aquilo a que se chamam incongruências ou falta de coerência resultam, muitas das vezes ou a maioria delas de pequenas alterações psicológicas acrescida do facto de sermos pessoas. Todos somos pessoas, até prova em contrário.

Por Exemplo:
Imaginem uma pessoa coscuvilheira ou alcoviteira, dependendo da sua posição geográfica.
Em tese, ninguém gosta desta característica e com razão. O leva e traz é feio.

Agora, pensem nisto (true story):
Há uma pessoa que é coscuvilheira. Eu conheço essa pessoa como coscuvilheira. Quando a conheço - talvez seja de dizer que, nesta fase da minha vida não desgosto por não conhecer - acho graça a esta característica. Não dou muita trela mas é algo que me diverte.
Passado um tempo, essa mesma pessoa irrita-me profundamente e passo a ter qualquer coisa contra ela. Nesse momento, a mesma característica, na mesma medida e na mesma pessoa deixa de ser divertida e passa a profundamente negativa.

O que mudou?
A percepção. Apenas isso. E isso chegou.

Há uma montanha no Curdistão (se o Curdistão existisse) que de um lado pertence à Índia e do outro ao Irão (perdoem-me se há falha geográfica. Sou péssimo nisso).
De um lado da montanha temos combatentes da liberdade;
Do outro lado temos terroristas.
O que acontece é que a mesma pessoa é combatente da liberdade de manhã e terrorista à tarde, dependendo do turno que lhe calhar em cada lado da montanha.

É sempre a mesma pessoa a fazer as mesmas coisas.

DEFESA

Não posso dizer que sou contra relacionamentos íntimos (e quando escrevo relacionamentos íntimos quero dizer foder ) com pessoas com quem trabalhamos; e só não o posso dizer porque já o fiz...antes de o fazer era contra.
O meu problema não tem que ver com o que os outros pensariam ou diriam disso, não me interessa muito. O meu problema é que é raríssimo (aconteceu-me, talvez, 2 vezes) algo acabar de forma limpa e sem remorsos. Normalmente é necessária distância e quando se trabalha com é muito difícil concretizar.
(também poderia dizer que, no meu caso em concreto, nunca tive rupturas em que ambas as partes quisessem o mesmo... mas vou poupar-vos aos meus problemas sentimentais).

Então, o que faço eu?
Bem... gostaria de ser mais claro e decidido mas como a carne é fraca o máximo que consigo é baixar o volume da minha agressividade quanto ao que quero.
O que quer isto dizer?
Sou capaz de mandar uma indirecta quando não sou de indirectas; sou capaz de não encorajar mas já não de desencorajar; sou capaz de não provocar aproximação mas já não de criar distanciamento.
Em termos práticos:
Na sexta-feira passada estava uma miúda a engraçar comigo num bar que estava manifestamente quente (o bar) e, ainda assim, os seus mamilos notavam-se a espreitar espevitadamente. Disse-lhe ao ouvido não me parece que seja do frio... e ela primeiro ficou mais ou menos estupefacta mas depois decidiu não negar o óbvio.

Isto é o que eu faço, normalmente.
Não o faria se a mesma miúda, nas mesmas circunstâncias, trabalhasse comigo.
É pouco, eu sei, mas quem dá o que tem...

O ANTERIOR FOI UMA PREPARAÇÃO PARA ESTE

No House, a meio de uma discussão em que o House defendia que uma pessoa, qualquer pessoa, é mais bem tratada se for bonita (usando o exemplo que de que gente bonita não é acusada de assédio sexual...o que não me parece mentira) foi-lhe perguntado: Mas acha que a vida é um concurso de beleza?! ao que ele respondeu: Evidentemente!!!
Ora, apesar de ser contrário ao que se ouve é precisamente o que se vê.

Há uma miúda que trabalha comigo que é muito bonita (uso pouco o termo muito antes de bonita mas ela, de facto, é).
Como todas as miúdas giras está habituada a que lhe façam senão todas a mairia das vontades. É normal, é como o mundo funciona. Gente bonita é mais bem tratada.
Como a vida assim é, pessoas mais abençoadas pelos traços do que maioria aprende a fazer os seus joguinhos para levar a água ao seu moínho: um bocadinho de trela; um sorrisinho; uma atençãozinha; um ignorar depois das coisas que acabo de dizer... para terminar com a sua vontade ou com um o que é que se passa? fiz alguma coisa?.

Não se pense que acho que estas pessoas são manipuladora por mal ou porque são más pessoas. Estas pessoas são assim porque funciona e ninguém quer uma vida mais complicada se a pode ter mais facilitada, digam o que disserem.
Também não se pense que critico quem cai no joguinho. Os gajos querem gajas boas e estão prontos para vários sacrifícios para isso (um amigo meu disse-me uma vez que era capaz, facilmente, de tirar um amo-te muito do bolso se fosse a chave para ela tirar as cuecas... numa altura em que eu nunca tinha dito tal coisa para qualquer efeito).
E também não se pense que vou dar uma palmada nas minhas costas porque isso comigo não funciona, sou muito mais desenvolvido!.

Não.
O que eu não tenho é paciência. Se eu tivesse um bocadinho de melhor feitio era um joguete na mão das mulheres. (In)Felizmente, se me irritarem eu só vejo sangue e nunca mamas boas.

Então, esta miúda decidiu o jogo clássico. Ignorei.
Visto que se sentiu ignorada, fez o que as pessoas que não percebem o ambiente em que estão e pensam ser todos iguais fazem: duplicou a táctica e em vez de se fazer difícil passou para o passive - agressive juntamente com o que me pareceu má educação.

E pronto... não me dou com gente mal educada.
Desliguei da corrente e passados todos os 2 dias tentou fazer as pazes como a fazem as pessoas bonitas: um gesto pequeno que por ser levado a cabo por quem é abençoado geneticamente parece muito maior.
Não Não, minha querida. O que Fenris procura agora é uma humilhação ligeira que vai sendo cada vez menos ligeira à medida que o tempo passa.

Fosse eu um cão e não um lobo e já andaria de língua de fora e de cauda a abanar.
Assim....

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