Thursday, June 04, 2015

Não me via a viver longe do mar.
Isto dito desta maneira parece que sou surfista ou um gajo místico que vê energias e cenas mas não sou nada disto.
Aliás, poderia imaginar-se, também com sentido, que vejo o mar com bastante frequência mas também não é o caso.

Então é o quê?
Bem, o mar para mim representa muita coisa sendo que a primeira delas será ter passado uma enorme parte da minha infância metido na água mas a mais importante é a sensação de pequenez - a minha - o eterno movimento - o dele - e a imutabilidade - de ambos. Posso, até, dizer que só o Deserto me deu uma sensação parecida quando é muito antagónico pensar-se na secura e na mais completa humidade como a mesma coisa.

Mais uma vez, pode parecer místico mas é muito terreno. Admito uma metáfora involuntária mas não coisas como bater palmas ao pôr do sol que me parece sempre a mesma palhaçada do pessoal que bate palmas quando o avião aterra....porque não caiu.

Outra parte fundamental desta minha ligação é a disponibilidade.
Não vou vê-lo todos os dias nem todas as semanas (ainda que, ultimamente, o tenha feito) e nem preciso disso. Não sou dado a saudades de pessoas daí muito menos o ser de inanimados. Também não é, portanto, isso.
O que eu preciso é de saber que, se quiser, em 5 minutos estou de olhos nele. Está ali para quando quiser. Pensar em viajar para ver as ondas desnorteia-me.

(isto foi um bocado parvo mas precisava de mexer os dedos para desanuviar os neurónios. 
Não se premeditou isto, não se pensou porquê - coisa que, eventualmente, farei por ser mais forte que eu - não terá feito sentido.
Precisava de apanhar ar....)

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