Hoje, não sei bem como, uma conversa de circunstância que passou por uma informação de que os homens preferem as mamas parecidas com as das mães, algo que, aparentemente, é científico mas que nunca me dei conta (e só recentemente me parece poder corresponder à verdade), acabou no muito mais evidente: os homens andam à procura das mães e as mulheres dos pais.
Eu sei que não é uma verdade universal mas tendo a achar que anda quase lá quando temos bons pais e boas mães ou, se calhar mais precisamente, quando achamos que temos bons pais e boas mães.
Assumi, como assumo, que não há mulher com quem me relacione que não compare com a minha mães e ela assumiu a mesma coisa mas relativamente ao pai.
É inevitável.
Inevitável é, também, defender-se de tudo quanto se pode as mães e os pais, não por serem mães e pais mas porque gostamos deles (quando gostamos).
A minha, por exemplo, teve uma vida de abandono que, infelizmente, aconteceu no plural e isso tem muito peso sobre mim. É uma obrigação que sinto e que já ma tentaram retirar. Deseja-se que eu tome o meu rumo e que seja feliz e por feliz entende-se o clássico de ter família e tudo isso.
O que ocorre, contudo, é que não fazer absolutamente tudo por quem merece, independentemente de relação sanguínea ou ausência dela, faz-me infeliz e lido mal com isso.
A minha consciência pesa-me demasiado por isso sinto um enorme alívio quando me dão uma desculpa para me aliviar dela.
Ontem, no meio de uma conversa, disseram que uma gaja que é uma cabra teve de baixar a bola e quase chorar no momento em que sentiu o terreno fugir-lhe debaixo dos pés.
Respondi: Foda-se, é altura de passar a faca!
Responderam-me que não tiveram coragem... ela estava fragilizada. Deve ser verdade mas:
a) não se criam cobras;
b) não se negoceia com terroristas;
c) não se tem misericórdia para com quem tudo fez para a não merecer.
QED
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