Saturday, January 02, 2016

3 Coisas!

1 FEDOR

A última coisa que pus cá foi uma exultação com a vitória do Fedor no combate de merda que teve. 
Sim, um combate de merda com um gajo que ninguém conhecia e que combateu com o melhor (melhor!!) lutador de MMA de sempre. Porque esteve parado 3 anos e porque presumo que há-de haver uma desilusão a caminho, perdoo esta fantochada porque fiquei muito contente de voltar a vê-lo combater.

Não perderei tempo a explicar ou dizer o motivo de ser o melhor porque o que mais aprecio no Fedor é uma outra coisa e uma outra coisa que aprecio nas pessoas em geral, independentemente de serem lutadores ou trolhas e é isto que mais interessa.

Se derem uma volta pelos lutadores - e não precisam de ir para os melhores - darão conta de que são pessoas que pertencem, mais ou menos, ao estereotipo do que esperamos deles: bravata, sempre; tatuagens, muitas; problemas com a lei, algumas; ar tresloucado, frequentemente; agressividade quase gratuita, a rodos.
O Fedor, não.

O Fedor vai à pesagem com a roupa de dia-a-dia e não faz pose de musculatura;
O Fedor não diz que vai rebentar ninguém;
O Fedor não fica a olhar com ar desafiador quando estão no meio do ringue a receber instruções;
O Fedor não tem tatuagens (que se veja);
O Fedor não existe quando não está a combater.
...e depois fode-lhes a puta da boca toda...aos que dizem, antes, que o vão rebentar.
...e depois de lhes rebentar a boca, sai de cima ou do lado deles e volta para o canto, sem gritos nem guinchos e sem festejos elaborados.

O Fedor não veste o papel e isso faz dele e gosto disso em todos o que não o fazem.

Depois, em algo mais técnico, o Fedor tem 1.80mts e pesa 101Kg.
Para que se perceba: ele é pequeno para peso pesado.
O que poderia ele fazer? O mesmo que todos os outros... 
Para ganhar vantagem competitiva, os lutadores desidratam kgs para lutar na categoria inferior ao seu biotipo e o Fedor, para o fazer, precisava de perder 5kgs, 5 kgs para depois os ganhar logo e combater com gajos mais fracos por mais leves.

Faz isso?
Não. É mais pequeno, é mais leve, é menos musculado...e fode-lhes a boca na mesma.

Salve, Fedor! 
Bem regressado!

2. A PASSAGEM

Possivelmente por presumir que ia ser uma merda, foi porreira.
Jantei sem confusão e sushi (sushi que poderia ter dado merda umas horas mais tarde, como é habitual, mas que acabou por não acontecer) e, melhor, a dada altura aquilo deu discussão acesa, coisa que me agrada.
A discussão começou por ser sobre os idiotas do PAN e uma das minhas amigas que gosta dessa treta; não da treta da defesa dos animais - que não é treta - mas da sua humanização.
Quando aqueceu e lhe disse que não estavam preparadas para ter uma discussão de graduação de castigo porque não sabiam o suficiente ficaram muito ofendidas. Ah, só tu é que és esperto! o que não se confirma mas confirma-se que estou até academicamente mais preparado.

Porque já tinha mais 2 copos de vinho, tornei-me naquele gajo que evito ser:
Perguntei-lhes várias coisas sobre várias coisas e uma delas foi esta:
O que acham do aumento do salário mínimo?
Naturalmente, eram a favor e, porque também já tinham 2 copos de vinho, entraram na parvoíce de dizer que eu devia ser contra e que sou retrógrado e esse tipo de coisas.
Perguntei-lhes, então, como se reflectiria nelas o aumento; em que as afectaria e elas, como a maioria das pessoas a quem perguntarmos isto e que ganhem mais do que o salário mínimo responderam em nada.
Ora, isso não é, pura e simplesmente, verdade.
É desconhecido que o SMN não é apenas um valor mínimo a receber pelo trabalho (sendo certo que nem isso é) mas antes uma unidade de medida. Há um sem números de valores que são indexadas ao salário mínimo e, para que elas percebessem um caso real e fácil, uma das coisas que pago mensalmente vai subir porque o SMN subiu.
Em suma, a desculpa desculpa que o SMN apenas afecta as empresas é falso. Afecta-nos a todos!

Voltaram, então, ao então és contra?!
Não, não sou contra. O que vos estou a tentar explicar, e serve, também, para a cena dos animais é que só porque não se entendem as consequências elas existem na mesma. Nada é isolado. Da mesma maneira que o aumento do SMN vos vai custar dinheiro e vocês não sabem, desconhecem, também, que a modificação de uma pena ou de uma moldura penal tem de ser enquadrada e entendida no quadro geral em que se insere.

Pareci o pedante que não sou mas...é o que é.
Deveria aprender-se que não se entra num tiroteio de faca e eu, por norma, tenho sempre a arma carregada.

Uns minutos voltou tudo ao normal porque já somos o que somos há mais de uma década e o que as chateia, e a muitas outras pessoas, é que não gostam de perder e eu muito raramente perco...

3. ACREDITAR E VER

Há pouco tempo tive de fazer uma cena que é impressionante porque pouco comum, o que é pena.
Quem me conhece mal - a generalidade - ficou impressionada porque não era expectável e quem me conhece melhor disse que não porque esperava que assim fosse; não estava errada mas o que lhe respondi foi:
Eu sei que estavas à espera mas uma coisa é esperar-se e uma outra é ver-se.
Não me parece que tenha concordado e tenho a certeza que disse que não concordava mas nem sempre se diz o que pensa e sente.

O que interessa isto?

Então,
era suposto eu não ir a lado nenhum depois do jantar mas, enfim, o meu telefone tocou e havia samba, pelo que o plano furou mais ou menos (preciso rapidamente de acalmar porque têm sido tempos de muita roda no ar....Dezembro não foi bonito).

Apareceu uma gaja que estava claramente cega para sacar o meu amigo, chegava a fazer alguma impressão. Ele estava menos praí virado e houve uma altura em que estávamos os 3 a conversar e ela depois de dizer  que eu a intimidava (ao que respondi é bom, revela que tens juízo) fez uma referência a sairmos de lá os 3, uma coisa meio ao de leve. 
Disse-lhe: Olha lá, se pensas que vou entrar numa cena de eu e o J te comermos, estás enganada. Não estou virado para isso, não é muito a minha cena.
O gajo ficou escandalizado e, como previsto, ela ficou menos. Ele esbugalhou os olhos e ela disse qualquer coisas como Ok....

Quando viemos embora ele ainda estava meio abalado e, acreditem, tem pouco de virgem este gajo. 
Perguntei-lhe qual era a surpresa, já me devia conhecer ao ponto de saber que sou pouco de andar a perder tempo e a fazer joguinhos parvos por muito boa que a gaja seja.
Eu sei, K. Não é que seja uma surpresa, só nunca tinha visto...

É mais ou menos a mesma coisa: eu digo o que sou e o que faço, não sou de segredos nem disfarces e isso não é surpresa para ele e nem sequer duvida de que sou e faço o que digo. O que se deu é que, desta vez, não ouviu dizer: estava lá e viu e isso é bastante diferente.

...e Aos Pés da Cruz:

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