Tuesday, June 21, 2016


Estou com isto em loop.
Não a procurei, encontrou-me.

Não é dia nem momento para ser encontrado por este tipo de melancolia (aprecio muito que não seja preciso um título para se perceber o que isto quer dizer ou o título ser um resultado directo do que se ouviu; de um lado ou do outro, coincide) mas nem tudo o que acontece é uma escolha apesar de ser uma escolha o que se faz com o acontecimento.

Ia dizer que não sou dado a dramas mas seria excessivo, acho que até sou. O que não sou é dado a manter-me no mesmo drama durante muito tempo.

Não é difícil entrar-se numa espiral descendente. Não é difícil olhar-se à volta e pensar-se foda-se...juntou-se tudo para me dar cabo da vida? e essa noção clara de que, como todos, posso ficar enredado num novelo de onde é difícil sair faz-me tentar evitar qualquer tipo de espiral e, à data, fui conseguindo sair de todas as que me apanharam e evitar que algumas me pusessem a mão.

O meu Sábado, não foi bom;
O meu Domingo foi uma continuação do Sábado;
A minha Segunda-Feira foi uma nova mocada no sentido de Sábado e Domingo;
A minha Terça-Feira está a nascer e não augura nada de bom.

Os problemas não são semelhantes mas têm, pelo menos, um ponto em comum: compreendo-os como injustos e isso irrita-me um bocado.
Os acontecimentos são desordenados e, por isso, não são propensos a serem justos ou injustos diz-me a minha racionalidade e acompanha o meu pensamento. Não é o que acontece que é injusto. O devir é o que é. 
O que, para mim, se torna injusto é o que, conscientemente, resulta do acontecimento. A posição que se toma ou que não se toma. O que se fez ou não se fez para evitar que acontecesse. O que se ignora e o que se reconhece; o que se ignora por vontade própria e não por desconhecimento.

Não sou um gajo que fale muito, por natureza. Quer por achar que é um desperdício de ar bombar palavras indistintamente quer porque não me parece que tenha muita coisa muito relevante para dizer.
Normalmente, não falo o estritamente necessário mas não me excedo por aí fora.

Sábado, até certa altura, falei o normal;
Domingo, falei o estritamente necessário;
Segunda-Feira, não disse, sequer, o que a normal conduta social prescreve;
Terça-Feira, essa acabou de começar e leva um caminho pior do que o dia que a precedeu.

...e porque não serei só eu a papar o loop

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