Porque me parece que não haverá dúvidas quanto ao facto de não ser um abraçador de árvores nem um activista pela paz no mundo e muito menos um idílico esperançoso da humanidade, sinto-me com alguma credibilidade para dizer o seguinte:
Com as devidas proporções, vivemos num Mundo demasiado materialista.
E quando digo com as devidas proporções quero dizer que há limites em que as necessidades ultrapassam as vontades; há um limite que impede apreciar mesmo aquilo que não pode ser contabilizado; há um limite que não permite que se viva com alguma tranquilidade aquilo que deveríamos viver.
Por estes dias, dei-me conta de uma coisa e ouvi uma outra.
Enquanto estava a ver televisão (um documentário com o Chomsky, coisa que me deixa contente e quase feliz, apesar de me deixar, também, meio desiludido com o meu parco intelecto e cultura), Ela adormeceu e, mesmo a dormir, andou à minha procura, só para me pôr o braço em cima.
Não me agarrava nem me puxava nem acordava. Só andava à minha procura e sossegava quando me pousava uma mão ou um membro e cima.
Mais ou menos antes de dormir, ouvi K, não quero que morras antes de mim...
Não terá vindo do nada (nada vem do nada) mas não estávamos a falar sobre nada que, ainda que remotamente, tocasse semelhante tema.
Podem dizer que é mórbido - é um bocado - mas essa morbidez é ultrapassada por outras coisas.
Então,
queria acreditar que quem valoriza o que não deveria valorizar acima disto o faz por desconhecimento. Não sabe o que é. Nunca teve,
Infelizmente, não me parece ser o caso.
Estamos e somos demasiado preocupados com o IPhone.
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