Tuesday, June 21, 2016

Parasitismo

Houve um corredor de automóveis (acho que de Fórmula 1, não me lembro) que disse que se perdia 1 segundo por volta por cada filho que se tinha.
O House achava a mesma coisa, não a dar voltas à pista, mas à sua capacidade de ser médico quando estava com a Cuddy.

Ah, mas o House é ficcional.
É. A personagem é. O conceito, não.

Apesar de se vender que outra pessoa nos fará mais forte, a sabedoria popular diz que atrás de um grande homem está uma grande mulher; não diz ao lado, diz atrás.
Não me tomem por sexista. Não sou. Pode-se aplicar o mesmo ao contrário. O que interessa, para o caso, é que, na melhor das hipóteses, tem de haver quem aguente o barco e, na pior, se nos preocuparmos, realmente, com quem está atrás, nem assim a coisa se resolve.
É triste mas é apenas verdade.

Ok, não é uma questão completamente transversal e universal, poderá ser dito.
Sendo certo que é impossível contemplar uma imensidão potencialmente infinita de relacionamentos e pessoas, direi que, normalmente, uma pessoa será mais forte quando está com outra quando a outra é mais forte e oferece força...sendo que quem a oferece perde-a.
Em suma, tentando não ser uma besta mas acreditando que o serei, a relação mais próxima com esta coisa que descrevi é a do parasita e do hospedeiro. Na melhor das hipóteses, o hospedeiro sairá intacto mas na pior...

Eu sei que isto é pouco romântico;
Eu sei que isto é pouco bonito;
Eu sei que isto é cínico.
Mas será mentira?

Esta, como outras questões com este tipo de ligações, ocupam muito tempo da minha vida: Se eu sei estas coisas, deverei laborar em erro?
A resposta a esta questão ocupa-me mas não me chega sempre... em dúvida, costumo optar por cortar e recomeçar mas não o faço sempre. 
Acho que devia mas não o faço.

Enfim...tempo a mais, vontade a menos dá em deambulações deste estirpe, estirpe que não é das melhores.

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