Thursday, December 22, 2016

...Mas Ainda Há Coisas Boas...

De vez em quando somos tão bombardeados por brilhantismo que olvidamos o que não deveríamos olvidar porque, quando recebemos tantas cores, é difícil dar ênfase a tudo.
Tenho essa sensação, por exemplo, com o Messi. Aquilo é tanto talento que um gajo se esquece que deve dar muito trabalho.
Tenho essa sensação, por exemplo, com o Leonardo Davinci. Aquilo é tanto talento que um gajo se esquece que, a dado momento, ele desenhou um avião.
...os exemplos não são uma enormidade mas também não são assim tão poucos.

Por estes dias levei, de frente, outra vez com o Prince.
Se podemos pensar em perdas artísticas a do Prince é superior à do Bowie (longe...muito longe) e de muitos e muitos outros que receberam muito mais loas.
Sobre o Prince, para descrever o seu apelo, pode-se dizer que ele tem James Brown, ele tem Jimi Hendrix e Marvin Gaye. Ele combina tudo isso. Sempre. Isso é o que ele é. E no palco, é o Charlie Chaplin. Pode dizer-se e o Miles Davis disse.

Ouve-se isto e talvez se apanhe um bocado de tudo, apesar de poder parecer exagerado para alguns (a mim, não parece) mas o que ficará mais perdido será a alusão ao Hendrix...porque o guitarrista que o Prince era ficou um bocado perdido no meio de tudo o resto. 
Não devia.


As pessoas, e eu, quando vêem este título pensarão que ele vai cantar.
Não vai. Não foi.
A dado momento, saca do Hendrix (dizer que é mais melódico do que o Hendrix não me parece exagerado mas fica ao critério) e lembrei-me que ele conseguia tocar assim. Tinha-me esquecido.

E porque falei do Miles:

E agora uma coisa boa e pessoal:
Queixei-me da Prova de Vinhos de hoje;
Não me queixei do Jantar de amanhã a que também não tinha vontade de comparecer.

Então:
mudei o jantar de amanhã para hoje.
Chegarei mais tarde - com esperança de ser tarde demais - à Prova de Vinhos.
Jantar mais curto;
Prova de Vinhos mais tarde.

Deram-me limões...

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