Monday, January 22, 2018

E?!

Hoje, quando começou a chegar gente o ambiente pareceu-me pesado.
Como não me interessa o porquê relativamente à maioria, deixei ficar porque não gosto de perder tempo nem fingir que tenho vontade de saber o que não tenho.

Entretanto, chegou uma das poucas pessoas que me interessa e perguntei-lhe (por achar que o motivo poderia ser particular e não geral) se estava tudo bem.
Não estava:
Na sexta-feira passada, ligaram ao J ao fim do dia para lhe dizer que não iam renovar o contrato e que não valia a pena voltar já na segunda.
- Hmm...e estás assim por causa disso?!
Oh, pá...é indecente.

Encolhi os ombros.
Apesar de acreditar que estava incomodada com o que dizia estar, não me parecia ser esse o factor real.
Uns minutos depois:
Não percebo como não achas indecente.
- Pá...indecente, indecente, não acho mas poderia ser feito de outra maneira, sim.
É, K. Se lhe fizeram isso a ele podem fazer-nos a nós!!!
- Pois podem. E?

Era este o verdadeiro problema. O central!
Ela sentiu escorrer-lhe um sentimento de segurança que eu nunca tive, por isso o meu dia não se alterou porque a realidade também não.

Dito isto,
não tive nem tenho prazer nenhum que o gajo tenha perdido o emprego mas acho que esse deve ser o nome do jogo: se não serve, patina.
Socialmente, acho que as pessoas devem ser protegidas mesmo quando incompetentes mas quando se trata de uma empresa que visa o lucro - e o pagamento de impostos - a minha consciência é mais darwiniana.

Dito isto,
o que me preocupa mais preocupa os outros menos.
Não me faz confusão que uma empresa se queira desfazer de gordura. É racional. Entendo.
Faz-me muita confusão que uma empresa não consiga reconhecer a diferença entre gordura e músculo. Não é racional. Não estou certo de entender.

A promoção de gente que não deve ser promovida é um convite à mediocridade e ao insucesso. Isto, sim, é estúpido.
Há muitos motivos para isto ser estúpido mas um deles é que as próprias pessoas se começam a medir uma bitola medíocre e, com elas, o corpo inteiro que é a empresa que integram.

Há um tempo razoável, perguntaram-me o que achava dos colaboradores e da política de contratação da empresa: respondi devia patinar muita gente. Há excesso de mão de obra e, em muitos casos, má mão de obra.

O que o pessoal acha normal é isto: o horário de entrada é às 9. Entra-se às 9. Vai-se para o café tomar o pequeno-almoço.
Deixa-me em brasa! E esta merda nem é minha.

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