Se isto for verdade, estou Fodido.
...mas como sou mais físico do que meta, mesmo que me foda não me vou foder sozinho!
Quando estou relaxado, tendo a pensar que a minha evolução pessoal caminhará neste sentido; não por ser espiritual ou um qualquer lugar comum desse tipo mas porque faz sentido.
Não gosto de ser afectado pelo que me rodeia. Deixar-me enraivecer é a vitória do meio sobre mim.
Como tenho plena consciência que esta minha vontade de invulnerabilidade tem lacunas e que quando me furam a carapaça a reacção é violenta, tento fazer com o meu temperamento o mesmo que faço com cobras venenosas: evito-as.
Na minha tentativa de circundar o que potencialmente dará merda, tento uma de duas coisas:
1. ignoro;
2. aviso.
Prefiro ignorar. Mas ignorar traz consigo um desligar da corrente que tende a nunca mais encontrar a ficha.
Quando ignoro, aquele ou aquela deixa de fazer parte da minha vida e, depois, por muito que isto pareça - e seja - frio, é-me irrelevante o que possa acontecer.
Não passo a desejar mal mas não largarei uma gota de suor para evitar que o mal aconteça.
Ah, és tão dramático, K .
Não sou. É o oposto de drama. É mar sereno.
Quando aviso, chateia-me.
E chateia-me porque pode ser entendido como a ameaça que não é.
O que eu quero, quando aviso, é evitar que me façam ignorar e, como disse, ignorar é a minha primeira e mais natural escolha.
De vez em quando, mais do que uma ameaça parece que estou a ser cruel para com a outra pessoa mas o que quero mesmo é evitar que a minha triste, terrena e vil crueldade apareça.
Não é uma crueldade sádica porque não retiro prazer nenhum do sofrimento.
Esta é a pior crueldade de todas; nesta crueldade não se quer infligir dor.
Nesta crueldade, não se quer nada. É um fim em si mesmo.
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