Tuesday, September 10, 2019

DIVERSOS

STORMENT

Não fui o único. Saiu como notícia em jornais de todo o Mundo.

É tocante mas, felizmente, não foi nada de novo para mim (excluindo a tragédia, felizmente). A filosofia subjacente pratico-a, ainda que não o diga. 
Por que não o digo? Porque, a esmagadora maioria das vezes, sai da boca de gente que não a entende e muito menos a pratica. Gente que dia carpe diem mas nem sequer o sabe escrever (foda-se o Dead Poet Society que destruiu a expressão quando a esvaziou).

Este caso é diferente...este gajo, quando escreveu, estou convicto de que acredita e que promete cumprir.
...e aqui entro eu.

O mais difícil, na minha não tão humilde opinião, não é a decisão mas a implementação.
Eu não digo mas acredito piamente que 90% daquilo que a sociedade considera importante não o é (ontem, um gajo que trabalha comigo disse-me que tinha comprado um computador da Apple por 1.800,00€ porque tem muita qualidade. O que faz ele? Word (a atirar por cima!) e Google. Precisa de uma merda potente? Não.)
Eu não digo mas acredito piamente que o que interessa são as relações com quem nos é próximo. Não com a Humanidade. Com quem nos é próximo.
Eu não digo mas acredito piamente que tudo pode esperar menos o que realmente nos interessa.

Mais do que acreditar, eu pratico mesmo!
O meu telefone nem sequer tem acesso à internet;
Não tenho, realmente, qualquer rede social para interagir com quem quer que seja;
Os meus planos são ir ou comer ou ler ou ver e nunca comprar ou ter;
O que quero fazer quero fazer com ela e não me interessa o que os outros pensam disso.

...mas, como é bom de ver, nos últimos tempos não tenho conseguido implementar.
Não se deu de ter mudado muito ou sequer alguma coisa. Dei um valor desmesurado ao que, na realidade, não me interessa (e quando digo dei estou a ser ambicioso).

Mostrei-lhe o mesmo link que vos estou a mostrar a vocês e Ela disse que achava que fazia tudo aquilo. Não deixa nada por dizer no que a mim diz respeito.
Ela tem razão. Diz mesmo. Faz mesmo.

E, como já escrevi, disse-lhe que não foi isso que me fez diferença.
Disse-lhe que não me chatearei mais este mês e que só pensarei em merda outra vez depois das férias.
Que bom! Fazes sempre o que dizes!!! disse Ela.
Este é o plano. Farei tudo o que conseguir. Mas não descobri nada de novo e andei a falhar...

Este é o plano.
Não é demasiado ambicioso.
Farei tudo o que puder para o cumprir.

NÃO DEIXAR NADA POR DIZER

Não tenho a veleidade de achar que o vou conseguir.
Eu não falo muito. Eu não digo muito.
Faço o que me é possível para que as pessoas de quem eu gosto saibam o quanto gosto delas...mas nem sempre é perceptível.

Ela, por exemplo, tem noção do que não digo porque contrario a minha natureza para permitir o que ela não está habituada a permitir.
É pouco, quando escrito.
É muito para mim.

Tenho, por isso, a certeza que haverá gente que não entenderá o que faço por elas ou o quanto gosto delas porque percebem estas coisas com as suas banais manifestações. Expressões, telefonemas só porque sim, flores e outros presentes, lembrança dos seus aniversários.
Não sou isto.
Não faço isto.

Também não defenderei o meu comportamento. Sou incapaz de dizer, porque não acredito, que todos estão errados menos eu.
...mas para mim: acções superam sempre palavras.

(mas como sou meio filho de Narciso, gosto que me digam.
Vivo bem com as minhas idiossincrasias)

E IGNORÂNCIAS

O Pai dela estava a ler um livro do Rodrigues dos Santos.
Porque é mais forte que eu, fingi vómito.
Ele não levou a mal e também não deveria. Infelizmente, as minhas opiniões são, quase sempre, abrasivas mas raramente se dirigem, de facto, a críticas às pessoas.

Rio-me, por considerar engraçado, mas nunca para humilhar (às vezes é difícil distinguir, quando não se me conhece).

Bem: disse-me duas ou três coisas sobre o que tinha lido do dito cujo sobre o Islão.
Não me chateia que as pessoas vendam como compraram mas já me chateia quem alardeia ignorância e com isso ganha dinheiro.

E o pior de tudo isto é: as pessoas não sabem que estão a ser enganadas. As pessoas não podem saber tudo sobre tudo e têm, a dado momento, de confiar no que se lhes diz.

Descobrir isto é uma mudança definitiva na vida das pessoas.
Agora, que percebo (alguma coisa) de fotografia, entendo a ignorância dos gajos que as vendem nas lojas de electrodomésticos...mas sabem mais do que a média, pelo que parecem entendidos.
O problema, contudo, é este: eu sei isto em relação à fotografia mas em quantas circunstâncias terei sido elucidado pela mediocridade quanto a algo que não entendo?

E é por isso que raramente leio livros sobre assuntos que conheço de autores com os quais concordo.
Preciso de ver o que discorda de mim diz.
Pode ser que estes gajos estejam certo...


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