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"Não sei de onde sou...
...mas não sou daqui"
Não me sinto um inadaptado, seria demasiado extremo e demasiado dramático.
O que me acontece frequentemente é que acho que não estou bem, sinto muitas vezes que este fato não me serve e que os sapatos me apertam.
Seria um problema de fácil resolução se eu pudesse identificar qual o tipo de indumentária que me cai com agrado na pele.
Não sei se é este o sentimento que une aqueles a quem já se chamou "Os Perdidos".
É engraçado...
Quantas vezes te cruzas na rua com gente que vive em constante turbilhão e não dás por isso?
Quantas carcaças encontras sem saber que o que lhes corre nas veias tem uma vontade premente de sair do corpo?
Há muita gente que conheço há muito tempo e nunca souberam (e nunca irão saber) que nem só de sangue me alimento.
Muitos dos que vagueiam pelas minhas estradas ignoram que eu vivo muito para além do jantar de fim de semana, dos litros de cerveja ingeridos e dos ocasionais corpos que me passam pelas mãos.
Não, não é uma coisa que me tire o sono, na verdade, de uma forma que terá o seu quê de masoquista, é algo que me diverte.
Sou dos que se descobre e não dos que se oferecem.
Quando os astros se alinham eu devo resplandescer no escuro mas eu nunca os vi alinhados.
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