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Nestes dias ando apático.
Deve haver um motivo qualquer... mas nem tenho vontade de pensar nisso, até pra isso tou dormente.
Tenho um problema com coisas duradouras.
Quando gosto realmente delas, descarto-as passado algum tempo.
Quando me são relativamente indiferentes mas úteis deixo-as por tempo indeterminado pousadas onde ficarem e esqueço-me delas.
Tenho, ainda, os meus livros da primária e daí por diante.
Nunca os deitei fora mas nunca mais lhes pus a vista em cima também, estão numa gaveta.
Tenho não sei quantas fotografias de milhentas situações e nunca olho pra elas. Poderia pensar que "um dia darei valor" mas não é o caso....simplesmente não me interessam.
Tenho sede do agora mas nem sombra do ontem.
Sou, por natureza, um tipo despegado das coisas.
Nunca senti saudades daquelas que se vêem no cinema e se lêem nos livros, adapto-me e esqueço-me.
Nunca sofri com desgostos porque nunca os prazere tiveram tempos de se instalar na derme, uma breve sacudida e saem como se de pó se tratasse.
"A palavra saudade só existe em português" mas se não existisse também não lhe sentiria a falta.
Não te acredites em mim porque, eventualmente, eu estarei a mentir e nem sei.
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