Momentos
Hoje quando acordei lembrei-me da minha primeira verdadeira namorada.
Não sinto saudades dela mas senti falta de uma coisa ou outra que, na época, eram absoluta novidade, à imagem de tudo que surge pela primeira vez à vista.
Não comecei a namorar cedo, sempre vi um sinal de perigo eminente em relacionamentos pelo que sempre optei (e depois dela voltei a optar) por coisas curtas, intensas e indolores (pelo menos pra mim).
Lembro-me, como se fosse hoje, de ter o telemovel a despertar para as horas a que, presumivelmente, já não estaria ninguém em casa.
Os meus pais teriam ido trabalhar e o meu irmão para a escola.
Pelas 8.30 da manha acordava, fazia a ronda à casa e, caso tudo estivesse tranquilo, ligava-lhe a dar conta da boa nova que se repetia diariamente.
Ela acordava e deslocava-se da cama dela para a minha.
Tocava à campaínha, eu acordava de novo, abria a porta e voltavamos para a cama.
Muitas das vezes tínhamos dormido umas 4 horas porque haviamos estado juntos na madrugada anterior.
Era muito engraçado...
Era novo.
Era intenso.
Era emocionante.
Era agradável.
Para ela não era o primeiro namorado mas quase...relacionar-se com um tipo como eu era uma absoluta estreia.
Fugi claramente do esterotipo, era muito (ou tudo) que ela não conhecia, no que isso tem de bom e de mau.
No caso, a novidade para mim era a situação e para ela era eu.
Enfim....durou muuuuuuuuuuuuuito mais do que eu esperava e teve situações, como a que descrevi acima, que dificilmente se repetirão e que, por isso, marcarão a minha história.
Nunca me lembro do passado.... quando me lembro parece que uma lâmpada se acende de tão inesperado que é.
Como já escrevi, sou filho da volupia e do desejo, coisa como estas acontecem-me com frequência, o que é raro é que durem mais que uma madrugada.
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