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Ontem foi o meu aniversário.
Como se previa, passei-o de ressaca, felizmente. Sinal claro de que apesar de não ligar nenhuma a datas festivas, ainda assim, é uma desculpa para um punhado de gente (amiga) virar uns finos e derramar uns wisks.
Não me importo de ficar mais velho, na verdade até gosto, o que me faz cada vez mais confusão é a célebre "onde se mete o tempo que não dou por ele passar?".
É impossível em datas como esta a mesa não girar em torno de coisas passadas, vividas em conjunto, histórias pós meia noite, férias anteriores.... sempre foi assim.
Ontem, como já me tinha acontecido, reparei que já tenho coisas que aconteceram há 10 anos.
Foda-se... 10 anos...
Lembro-me claramente de quando 6 meses parecia muito tempo, quando achava que todos que tinham mais de 20 anos eram adultos e mais de 30 eram velhos.
O tempo não passava, era chavalo, davam-me ordens, mandavam em mim, tinha horas para chegar, horas para sair, aulas que tinha de assistir, contas que tinha de prestar... era muito chato.
A vida era um círculo minusculo de cafés e umas horas de estudo.
A vida era mais umbilical do que é agora.
O horizonte estava à distância de um braço.
A preocupação era nenhuma, as coisas desenrolavam-se em ritmo próprio.
Desde que a minha vida adulta começou, quando deixei os bancos de escola, abracei-a como ainda abraço.
Sou dono, nunca gostei de ser propriedade.
Uma coisa digo... a este ritmo, quando parar para olhar outra vez, vou ter mais 10 anos.
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