"let me see your beauty when the witnesses are gone"
Leonard Cohen disse-o primeiro e eu digo-o agora.
Haverá coisa melhor e mais pura do que estar sozinho na presença da beleza?
Em primeiro lugar, e isso é de fundamental importância, gosto muito pouco de partilhar, a beleza, como a vida, é pra ser devorada sofregamente e sem distracções.
Não gosto particularmente de troféus, a menos que sejam apenas isso... a menos que sejam mais umas linhas no curricullum, a menos que sejam meramente decorativos e sem qualquer valor adicional.
O que tenho de verdadeiramente meu prefiro fechado num baú, só meu, só teu, só para olhos especiais, só para mãos escolhidas, só para bocas que sentem.
É muito comum esta minha insistência em ter a luz apagada a maior parte do tempo com uma incapacidade de demonstrar um sem número de coisas.
É muito comum acreditar-se que faço como faço porque não acredito em absolutamente nada...
No entanto, com o passar dos anos e com o vício de ver nos outros os erros que não quero cometer, parece-me, cada vez mais, que o meu problema será exactamente o contrário, acreditar demais.
Eu acredito tanto no perfeito que não me consigo imaginar com menos do que isso, ou melhor, pra ser menos do que isso, será nada!
A complacência, ou o desespero, com que se aceita o possível causa-me náuseas.
A indiferença com que se fica pelo caminho porque não se acredita no fim da viagem não me serve.
All In!!
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