Wednesday, November 07, 2007

Aceitação

Ontem estive a ver um documentário sobre a vida do George Foreman, pugilista que muito aprecio (por isso fiquei a ver).
Como já conhecia a história das suas vitórias e derrotas e altos e baixos e mulheres e filhos e tal, por isso, o que me chamou a atenção foi o que se retira de entre as linhas... ou de entre os punhos.

O sucesso, como o altruismo ou o egoismo ou o amor ou seja lá o que for, é tendencialmente um movimento de fora para dentro.
O Foreman tinha sucesso porque ganhava combates, o Gates porque é rico, a Hilton porque mostra o corpo, o Marcelo porque diz merda e enfim, a lista seria interminável.
Nada disto representa sucesso por si, tudo isto é conhecimento e reconhecimento de meia dúzia, ou milhões, de um atributo ou um percurso.

Não definirei sucesso porque, eventualmente, tenho a mesma imagem dos gajos e gaja de que falei acima, mas que é ridículo, é!
Se não é o gajo que se cruza comigo na rua que me dá comida ou que me educa as crianças ou que paga a prestação da casa, porque motivo me interessa o que ele acha ou deixa de achar?
Talvez a resposta seja o gosto por ser invejado, por fazer o que os outros gostariam de fazer.

No mesmo dia, logo a seguir, vi umas quantas gajas na Oprah a dizerem que o importante era sentirem-se bem consigo e confortáveis na sua pele.
Sim, claro, depois de horas de maquilhagem e deslocando-se em verdadeiras andas de 10 cms.

Vontade de perguntar: "Foda-se, quem queres enganar?!"
Mas pronto, foi mais um show de verdades absolutas e de filosofias de vida onde a Oprah ainda sacou uma epifania.

Gostava de saber o que esta gente fuma porque, apesar de potencialmente nocivo, deve ser muito bom!

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