Monday, October 29, 2007

Há um vazio que se ecentua e não sei de onde vem.

Não me apetece estar onde estou e não me apetece estar em lugar nenhum.
Não tem nada de poético, não tem nada de existencialista nem profundamente filósofo, é nada pintado de ouro nas paredes.
É uma casa de luz aceza mas sem ninguém lá dentro.

Sortes e azares nem sequer entram, não há acaso e nem plano, há nada, um vácuo.
Nem uma mancha se encontra no chão, é a ausência de vida ou de movimento.
Não há mortandade nem nascimento, há um estar rarefeito.

Estas coisas saem-me das pontas dos dedos sem eu saber de onde vieram, no entanto, tenho a certeza que o facto de estar a ouvir Morphine serve de catalizador.
Interessa-me nada.

Queria dormir.... isso, queria dormir...

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