Monday, November 05, 2007

Quando é que mais é demais?

Não sou adepto do sacrifício, especialmente que se sacrifiquem por mim.
Há quem entenda isso como altruismo e há quem o entenda como egoísmo... não sei ao certo quem está certo ou se estarão ambos.

O que não suporto, mesmo, é sentir-me em dívida, o fantasma de que mais tarde ou mais cedo me dirão "mas eu fiz isto por ti" dá-me náuseas.
Aquele sentimento que corroi o estômago e te faz ponderar se deves ou não fazer isto ou aquilo baseado não na vontade nem na razão mas na dívida.
São grades que não me aprisionam, são correntes que não me tocam os pulsos.

Essa sombra, no entanto, impede-me de pedir o que quer que seja, e se é verdade que nada deve ser imposto ou feito apenas como favor, não é menos verdade que muitas das vezes não recebes o que te dariam de bom grado porque, simplesmente, não sabem que o queres.
É uma coisa do tipo, deixarem-te sozinho porque pensam que queres ficar sozinho, quando até te queriam fazer companhia, mas que tu não verbalizas porque sentes como imposição.

Não são rosas nem espinhos...
É até indiferente se o céu está claro ou nublado.
Não sou eu nem é meu.

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