Queres Que Levante a Mesa?
Não é muito fácil fazer com que me sinta mal na minha pele.
Sou, naturalmente, orgulhoso do que sou, do que faço e do que consigo fazer.
Mas, algumas coisas simples e pequenas têm o condão de, volta e meia, fazer-me achar que não devia ter tanta vontade de ser eu.
Uma vez, uma mulher disse-me: "É incrível como tu és tão tu!"
Pois, não sei ser outra coisa....
Hoje cheguei mais tarde para jantar.
Como habitual, por mais que diga que não é preciso, a mesa ainda estava posta e o jantar esperaca-me, assim como a minha mãe [acho que ela tem um medo absolutamente infundado que eu me torne subnutrido].
Deixou-me sentar à mesa e, depois de me perguntar se está tudo bem e dizer que eu tenho de dormir mais e fazer umas análises e trazer o esquecido casaco do escritório e que eu sou o orgulho dela, foi fazer o que tinha a fazer.
Comi entre uma e outra idiotice do Conan e quando acabei tive a feliz ideia de perguntar: "Queres que levante a mesa?"
É uma pergunta do tipo "Tás em casa?" quando atendes o telefone... de casa.
Apressadamente, ouvi que não, para deixar as coisas como estão.
Com a doçura que me caracteriza, lá disse: "Não?! Vem mais alguém jantar?!" [naturalmente não vem, foi mais uma coisa parecida com ironia mas cravejada de estupidez e, como não tenho uma voz doce, não deve ter sido agradável de ouvir].
Não queria que eu me incomodasse... como se só eu trabalhasse e estivesse cansado.
Deixa que eu faço... como se já fizesses pouco.
Foda-se, se houvesse aqui um buraco enterrava-me nele.
Como não há, venho só dar umas cornadas na parede.
Ninguém tem o que merece...
Sou, naturalmente, orgulhoso do que sou, do que faço e do que consigo fazer.
Mas, algumas coisas simples e pequenas têm o condão de, volta e meia, fazer-me achar que não devia ter tanta vontade de ser eu.
Uma vez, uma mulher disse-me: "É incrível como tu és tão tu!"
Pois, não sei ser outra coisa....
Hoje cheguei mais tarde para jantar.
Como habitual, por mais que diga que não é preciso, a mesa ainda estava posta e o jantar esperaca-me, assim como a minha mãe [acho que ela tem um medo absolutamente infundado que eu me torne subnutrido].
Deixou-me sentar à mesa e, depois de me perguntar se está tudo bem e dizer que eu tenho de dormir mais e fazer umas análises e trazer o esquecido casaco do escritório e que eu sou o orgulho dela, foi fazer o que tinha a fazer.
Comi entre uma e outra idiotice do Conan e quando acabei tive a feliz ideia de perguntar: "Queres que levante a mesa?"
É uma pergunta do tipo "Tás em casa?" quando atendes o telefone... de casa.
Apressadamente, ouvi que não, para deixar as coisas como estão.
Com a doçura que me caracteriza, lá disse: "Não?! Vem mais alguém jantar?!" [naturalmente não vem, foi mais uma coisa parecida com ironia mas cravejada de estupidez e, como não tenho uma voz doce, não deve ter sido agradável de ouvir].
Não queria que eu me incomodasse... como se só eu trabalhasse e estivesse cansado.
Deixa que eu faço... como se já fizesses pouco.
Foda-se, se houvesse aqui um buraco enterrava-me nele.
Como não há, venho só dar umas cornadas na parede.
Ninguém tem o que merece...
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