Tuesday, January 15, 2008

Sou egoista nas minhas coisas... mas não sou egoista com elas.

Nunca foi a minha cena partilhar o que não me apetece.
Poucas vezes tenho vontade de dizer o que penso e menos vezes ainda tenho vontade de abrir as portas.
Acho invasivas aquelas pessoas que querem ter o que eu tenho de um determinado número de pessoas.
Podem contar aquelas lérias de que amigos nunca são demais e que uns não ocupam os lugares de outros.

Ok.
Por um segundo, vamos acreditar que, de facto, afectivamente as pessoas não ocupam espaço.
Vamos entrar na fantasia de que, por exemplo, os pais gostam dos filhos todos da mesma maneira.
Digam-me, ao menos, se as horas dos dias se multiplicam porque o círculo de pessoas de quem se gosta aumenta.
É uma maravilha ser amigo e não se ter tempo... adianta?

Acabado de ler este parágrafo, poderei parecer daqueles gajos que exige coisas dos amigos.
Pois, não sou.
Nunca cobrei, acredito demais na pureza das coisas para as querer plastificar pela pressão.
Sou da equipa fazes o que quiseres, eu não vou dizer nada.

Mas, a verdade, é que mesmo para pessoas como eu (ou especialmente para pessoas como eu) as memórias ficam cravadas em ferro ardente.
Nunca me esqueço e, sim, faço uma escala de quem merece que eu perca tempo e quem não merece e isso está directa e umbilicalmente ligada com o tempo que perdem comigo ou, mais frequentemente, com o tempo que acredito que perderiam comigo.

Sou um amigo do caralho, só não sou um amigo para a vida toda... se não tiverem cuidado.

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